O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 4,1% em 2020, sob os efeitos da pandemia de coronavírus. Foi o pior resultado anual desde 1990, ano do confisco da poupança, quando a economia encolheu 4,35%. O balanço das contas nacionais do ano passado foi divulgado nesta quarta-feira (3) pelo IBGE.
Apesar da forte recessão, o número veio melhor que o esperado ao longo de boa parte do ano passado. No pior momento, em julho, consultorias e bancos previam uma queda de 6,5%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Banco Central – e algumas estimativas apontavam para retração de mais de 10% no PIB. As previsões mais recentes eram de queda de 4,22%, segundo a mediana das estimativas divulgada na última segunda-feira (1.º) no boletim Focus, do BC.
O FMI chegou a falar em queda de 10% em 2020 do nosso PIB. Ele fechou com queda de 4,1%. E no último trimestre teve alta de mais de 3% frente ao anterior, mostrando força na margem. Não foi tão terrível como muitos esperavam, mesmo com o "fiquem em casa, economia fica pra depois". Na Europa, as economias caíram bem mais, assim como na Argentina ao lado.
Não obstante, é dureza constatar que o Brasil vem sofrendo faz tempo. Primeiro vem a praga petista, agora o vírus chinês, e o resultado é terrível ao longo dos anos. Com essa formação bruta de capital fixo (vulgo investimento), não tem como crescer de forma sustentável.
Não fosse nosso agronegócio, a situação estaria ainda pior! O campo é o que tem salvado o Brasil, eis a verdade. O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian registrou a maior retração de toda a série histórica do índice, iniciada em 2001. Após encerrar com alta em dois anos consecutivos a atividade do comércio tem queda de 12,2% no acumulado anual de 2020 em comparação a 2019. Nenhum dos segmentos escapou dos números negativos, entretanto, os comerciantes de veículos, motos e peças tiveram a baixa mais acentuada, com -16,2%.
Nada disso é culpa do atual governo. O ministro Paulo Guedes fez o que foi possível diante do quadro pandêmico, e podemos apenas imaginar como estaria a situação se fosse um ministro perdulário, desenvolvimentista.
Tudo isso é passado, retrovisor. Agora só nos resta olhar para frente, e acelerar a agenda de reformas para colocar o país nos trilhos. Ou isso, ou o caos. Como o próprio Guedes disse, sem responsabilidade fiscal poderemos ser a Argentina amanhã. Todo cuidado é pouco. E sabemos que a esquerda está sempre à espreita pronta para sabotar o país.
Na entrevista do próprio Paulo Guedes e do presidente da Câmara Arthur Lira nos Pingos nos Is desta terça, fica muito claro o que todos já sabiam: Rodrigo Maia fez de tudo para boicotar o Brasil, a agenda vencedora nas urnas. Foi um sabotador da República. Agora ao menos temos uma chance.
Se o "centrão" efetivamente abandonar o viés de esquerda, vale notar. Como Salim Mattar colocou, a turma esquerdista já tenta apelar para o Supremo para obstruir a pauta reformista, como no caso das privatizações: "Novamente a esquerda retrógrada busca refúgio no STF para impedir a tramitação de pautas do governo. Desta vez entrou com ação no STF contra a MP da Eletrobras. Preferem procurar a via judicial abdicando do seu dever de debater e legislar".
A esquerda está desde sempre lutando contra o país, e esse resultado que temos é fruto de sua mentalidade. Bolsonaro venceu para mudar. Até aqui conseguiu mexer em coisas importantes, aprovar uma reforma previdenciária significativa, um marco do saneamento básico relevante, desburocratizar a vida de empreendedores e dar um choque profissional de gestão nas estatais. Mas é preciso mais. Necessitamos da reforma administrativa, da tributária, de privatizações etc.
Sendo que ano que vem já é ano de eleição. O Brasil é mestre em perder oportunidades. Espera-se que ainda seja viável avançar com essa agenda liberal. Mas com realismo: não tem Guedes capaz de fazer milagre diante de tanta desgraça!
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