"Deputada bolsonarista faz fala xenofóbica ao comparar SC com o Maranhão: 'Tem mais gente no Bolsa Família que CLT'". Essa é a manchete do Globo, que tinha o seguinte subtítulo: "O comentário preconceituoso de Júlia Zanatta (PL-SC) foi rebatido no colegiado da CCJ". Fala xenófoba? Comentário preconceituoso? Mas não é apenas... um dado?
Barbara, do canal TeAtualizei, comentou: "A realidade é ofensiva. Reescreva-a". E esse parece ser o mote da velha imprensa, em especial a mais esforçada de todas em "empurrar a história". Trocam-se os fatos por narrativas. Se a realidade vai contra a ideologia, pior para ela. O objetivo não é retratar da forma mais fiel possível o mundo, fazer jornalismo, mas sim "mudar a história".
O STF vai julgar quem está fazendo "jornalismo" satisfatório agora? Como ficaria a imparcialidade na hora de cobrir... o próprio Poder Judiciário?
No caso do bolsonarismo, essa substituição da cobertura mais imparcial por uma militância partidária atingiu patamares bem toscos. Colunistas como Miriam Leitão viraram "memes" ambulantes, com piadas prontas ao tentar aliviar a barra do petismo e demonizar seu maior adversário. A apresentadora Daniela Lima vai na mesma linha.
Por isso ninguém ficou chocado com a descoberta de que a TV Globo e a Globo News venceram o Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário. Que o Poder Judiciário tenha um prêmio desses já é coisa um tanto surreal, digna de distopias totalitárias. O STF vai julgar quem está fazendo "jornalismo" satisfatório agora? Como ficaria a imparcialidade na hora de cobrir... o próprio Poder Judiciário?
Parece tudo um grande deboche, um escárnio, um acinte. Ministros supremos rasgam a Constituição da qual deveriam ser os guardiões, e militantes disfarçados de jornalistas aplaudem e chancelam o abuso de poder em nome do combate às Fake News, ao discurso de ódio e ao golpismo fascista. É tudo tão patético que até seria cômico, não fosse tão trágico para a democracia que alegam defender.
Mas uma coisa devemos admitir: o tal prêmio é merecido mesmo! Afinal, os magistrados ativistas devem reconhecer o empenho dos veículos de comunicação ao defender o indefensável. Fosse na antiga União Soviética, o Pravda seria o vencedor deste prêmio. Fosse em Cuba, o Granma. É justo, portanto, que a Globo seja a vencedora no Brasil...
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