Ouça este conteúdo

O movimento conservador ainda é muito incipiente em nosso país. Precisamos não só reeleger o único candidato à Presidência mais alinhado com o conservadorismo, como aumentar – e muito – a presença da direita no Congresso. Pela primeira vez em muito tempo o eleitor de direita passa a ter mais de uma boa opção como deputado estadual, federal ou mesmo senador. Nomes que já demonstraram firmeza na defesa desses valores.

CARREGANDO :)

Mas há alguns casos delicados, que exigem reflexão pragmática. O voto ideal pode ser inimigo do voto necessário. Tudo vai depender de qual a prioridade, qual a meta mais importante. Do meu ponto de vista, isso não poderia estar mais claro: é impedir que lulistas cheguem ao poder. O lulismo é o maior câncer da política nacional, pois junta a corrupção com a ideologia totalitária. Evitar que a casa seja tomada por cupins é mais importante do que decidir a decoração dos cômodos.

Isso vai demandar um grau de espírito público raro na política. Cada um tem seu projeto pessoal, seus interesses, seu ego. Mas a direita precisa estar unida, inclusive com o centro, se o intuito for mesmo barrar a volta do ladrão e seus comparsas à cena do crime. Claro que não dá para confiar num típico “centrista moderado”, de perfil tucano. Mas se a escolha é entre isso e PT, não resta muita dúvida do que fazer.

Publicidade

Vejamos o caso do Amazonas. Segundo pesquisas, Omar Azis, aquele da CPI circense que virou palanque lulista, lidera com cerca de 30%, enquanto Arthur Virgílio do PSDB e o Coronel Menezes do PL disputam o segundo lugar com cerca de 20% cada. Não seria melhor se um deles declarasse apoio no outro para impedir a vitória do lulista? Não é fácil chegar a tal acordo, claro, mas sem dúvida seria melhor para o povo.

O mesmo cenário se repete na Bahia. Otto Alencar, o lulista da mesma CPI patética, lidera com quase 40%, enquanto Cacá Leão do PP tem pouco mais de 15% e Raissa Soares do PL tem quase 10%. Derrotar aquele que foi elogiado por Lula por ter “humilhado aquela médica japonesa” na CPI não deveria ser a prioridade aqui?

No meu querido Rio temos um caso complicado: Romário não é nada confiável para conservadores, mas Daniel Silveira nem sabe se poderá ser mesmo senador caso eleito, enquanto o lulista Molon avança. Romário é ruim, mas Molon é muito pior!

Se o centro e a direita não se unirem, aqueles que trabalhavam para Lula na CPI continuarão no Senado, criando inúmeros obstáculos e boicotando o governo no caso de reeleição de Bolsonaro. Nunca é trivial abandonar uma disputa em prol de quem está na frente e tem mais chances de derrotar o inimigo comum, mas é algo crucial se essa for mesmo a prioridade. E creio que deveria ser...

Antilulistas do todo o mundo, uni-vos!

Publicidade