O governo Trump apresentou nesta terça seu projeto para um acordo de paz entre Israel e os palestinos. André Lajst, da StandWithUs, resumiu os dez principais pontos:
• Israel anexara o vale do Jordão, em troca cederá terras aos palestinos no sul do pais, colados em Gaza.
• Israel não precisará aceitar refugiados. O problema dos refugiados se resolverá fora das fronteiras de Israel, por exemplo, no novo estado Palestino, nada mais lógico.
• Israel ficará com a cidade velha de Jerusalém, o status quo da administração jordaniana na explanada das mesquitas continuará, e parte dos bairros árabes orientais de Jerusalém serão parte de um estado palestino, aonde os EUA abrirão sua embaixada no novo estado.
• A Faixa de Gaza será desmilitarizada e o Hamas e outros grupos terroristas entregarão suas armas.
• Os EUA reconhecem a legitimáveis israelense nos assentamentos, salvo os ilegais de acordo com o próprio governo de Israel. Alguns lugares da Cisjordânia tem partes de grande importância histórica, cultural e de defesa para Israel
• Nenhuma pessoa terá que ser removida de sua casa para que o plano de paz funcione.
• Se aceitarem os palestinos terão um estado propriamente dito com Jerusalém como capital.
• 50 bilhões de dólares serão investidos no novo estado palestino. Duplicando seu PIB e triplicando a renda per capita em poucos anos.
• Os palestinos precisam reconhecer Israel como estado do povo judeu.
• Caso aceitem negociar, os palestinos e israelenses terão 4 anos para terminar o processo. O plano é pragmático e respeita a realidade “on the ground”.
André concluiu: "Resta agora os palestinos não perderem mais uma oportunidade e negociarem a paz, sem discursos de ódio, sem chamados para violência e protestos, sem demoras ou atrasos e sem devaneios e desculpas de vitimização". E é aqui que mora o problema.
As lideranças palestinas não desejam a paz! Eis a dura e triste realidade que precisa ser encarada. A prova de que os líderes palestinos não querem de fato a paz faz tempo está na oferta de Ehud Barak feita nas conversas em Camp David, em 2000, com o anfitrião Bill Clinton. Foi recusada por Arafat, que sequer apresentou uma contraproposta.
Os judeus cederam em praticamente todas as demandas, inclusive a de um Estado Palestino com a capital em Jerusalém, o controle do Monte do Templo, a devolução de aproximadamente 95% da margem ocidental e toda a Faixa de Gaza, e um pacote de compensação de 30 bilhões de dólares para os refugiados de 1948.
O príncipe saudita Bandar exortou Arafat a aceitar a generosa oferta, afirmando que rejeitá-la seria um crime. Arafat, entretanto, escolheu o crime, pois seu terrorismo dependia da manutenção do inimigo, do bode expiatório. Como resultado, milhares de inocentes pagaram com suas vidas essa decisão absurda, com a intensificação dos ataques terroristas que se seguiram, tática deliberada do líder palestino.
A existência do inimigo externo serve como escusa ao totalitarismo interno. O falecido Yasser Arafat, ídolo da esquerda caviar, não negou tal objetivo, ao declarar que sua organização terrorista OLP planejava “eliminar o Estado de Israel e estabelecer um Estado puramente palestino”. Mereceu o Nobel da Paz em troca!
Arafat, acusado de desviar milhões de dólares da OLP, continuou: tornaria “a vida impossível para os judeus através de guerra psicológica e explosão populacional”. Enquanto sua mulher e filha viviam confortavelmente na França, filhos de palestinos, alguns com apenas treze anos, eram mandados, pelo líder, como bombas humanas para o assassinato de crianças, mulheres e idosos judeus.
Até mesmo um deficiente físico foi jogado ao mar em um sequestro de navio pelos terroristas palestinos. Suas ações incluem bombas em sinagogas, discotecas, jardim-de-infância, aviões e centros comerciais. Ainda assim, a ONU recebia Arafat como um respeitado líder, enquanto este portava sua pistola com seu uniforme militar, adotando discurso beligerante ovacionado pelos presentes.
O método estava funcionando, e os ataques terroristas, portanto, intensificaram-se. A Intifada de Arafat chegou ao ápice de violência simultaneamente ao pico de aprovação que ele recebia da esquerda. O duplo padrão do julgamento internacional deixa evidente o viés antissemita. A ocupação da Palestina pela Jordânia e pelo Egito jamais foi condenada pela ONU, tampouco mereceu preocupação de grupos defensores de direitos humanos. O fato de os próprios árabes e muçulmanos serem os maiores assassinos dos palestinos nunca foi duramente criticado.
Hoje, infelizmente, pouco mudou. A ONU segue sendo um palco antissemita, a mídia adota duplo padrão contra Israel, e as lideranças palestinas rechaçam qualquer chance de acordo antes mesmo de ele ser apresentado.
A paz naquela região continua sendo um sonho distante. Mas isso se deve à postura dos líderes palestinos. Sem clareza moral e coragem para constatar esse fato, não há chance de avançar.
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