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Imigrantes venezuelanos em protesto em São Paulo em 17 de agosto
Imigrantes venezuelanos em protesto em São Paulo em 17 de agosto| Foto: EFE/Isaac Fontana

Não é surpresa para ninguém minimamente atento. Nicolás Maduro tampouco se tornou ditador somente nesta última farsa. Mas como a eleição venezuelana ganhou os holofotes mundiais e o golpe ficou escancarado, o episódio serve como um divisor de águas: qualquer um com um pingo de apreço pelo regime democrático precisa vir a público e condenar a ditadura de Maduro veementemente.

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O Partido dos Trabalhadores, porém, fez o contrário: assinou um documento do Foro de São Paulo que reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas "eleições" presidenciais da Venezuela, realizadas em julho deste ano. A resolução foi publicada com a data de 29 de setembro.

No fundo, Lula sempre apoiou Maduro, que já era ditador, como apoiava Chávez antes e idolatrava Fidel Castro, o ditador mais assassino do continente. Lula democrata não passa de um engodo fabricado pela imprensa corrupta

A resolução do Foro foi resultado de uma reunião do grupo no México, realizada dois dias antes da cerimônia de posse da nova presidente do país, Cláudia Sheinbaum, à qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente no dia 1º de outubro.

Maduro teria tido 51% dos votos, enquanto seu adversário, Edmundo González, teria feito 44%. Documentos recolhidos pela oposição e apresentados pela ONG Centro Carter atestaram a vitória de González, mas o regime se recusa até hoje a apresentar as suas atas de apuração. O próprio Lula cobrou as atas, lembrando que a Venezuela tem o voto impresso, ao contrário do Brasil.

O teatro lulista chega, portanto, ao fim: o presidente fez apenas um jogo de cena para agradar seus companheiros globalistas. No fundo, Lula sempre apoiou Maduro, que já era ditador, como apoiava Chávez antes e idolatrava Fidel Castro, o ditador mais assassino do continente. Lula democrata não passa de um engodo fabricado pela imprensa corrupta.

O editorial do Estadão de hoje fala sobre a violência documentada de Maduro no relatório da ONU, e cobra de Lula uma mudança de postura. Diz o jornal:

A repressão do ditador Nicolás Maduro, já reconhecidamente pavorosa segundo os relatos corajosos da oposição venezuelana, ganhou uma nova evidência nesta semana: num informe de mais de 160 páginas, a missão criada pela ONU para investigar as violações de direitos humanos no país apontou uma série de crimes contra a humanidade antes, durante e depois da eleição de julho – aquela cujos resultados foram escandalosamente fraudados para dar a vitória ao ditador. A lista de crimes inclui tortura, violência sexual, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. O relatório fala em “funcionamento consciente e premeditado” da “máquina de repressão” do Estado, a partir de uma estreita cooperação entre militares e as diferentes instituições a serviço de Maduro. Antes da eleição, a máquina operou para “desarticular e desmobilizar a oposição”. Depois, foi intensificada e continua até hoje.

Para o Estadão, esse relatório "dá nova chance à dupla Lula-Amorim de parar de justificar o injustificável". Santo otimismo, Batman! Enquanto os tucanos aguardam uma mudança lulista, que mantém sua coerente defesa de ditaduras comunistas há décadas, o PT, que não faz absolutamente nada sem aprovação de Lula, assina documento reconhecendo a tirania do companheiro Maduro.

No afã de acreditar no Lula democrata que os próprios tucanos criaram, nossos jornalistas se negam a enxergar o PT pelo que ele sempre foi: um partido simpatizante de ditaduras de esquerda como a de Maduro. Todo petista que diz defender a democracia não passa de um hipócrita. E são eles que falam em "tentativa de golpe" no 8 de janeiro. Só acredita quem é muito alienado mesmo...

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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