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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Público cansou do viés da mídia militante

US journalist Glenn Greenwald, founder and editor of The Intercept website gestures during a hearing at the Lower House"s Human Rights Commission in Brasilia, Brazil, on June 25, 2019. " The Intercept has been publishing alleged conversations between Justice Minister and former judge Sergio Moro and prosecutors of Operation Lava Jato, which would have been hacked from their mobile phones. (Photo by EVARISTO SA / AFP) (Photo credit should read EVARISTO SA/AFP via Getty Images) (Foto: AFP via Getty Images)

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É um tema recorrente aqui, até porque, apesar de "ser parte" da grande imprensa, faz tempo em que denuncio seu viés. E um viés, diga-se, cada vez mais escancarado. A chegada de Trump e Bolsonaro ao poder fez a militância ficar ainda mais aguerrida, e só alguém muito tapado poderia hoje negar esse clubinho "progressista" infiltrado em quase todas as redações.

Dois casos ocorridos nesta quinta merecem destaque, pois ilustram com perfeição o problema. No primeiro deles, uma mulher brasileira, soube-se depois, negra, nordestina e devota do Yemanjá, estava entre os mortos num ataque terrorista na França. Nem mesmo quando essa informação veio à tona a mídia demonstrou o grau de empatia que se esperaria.

Qual o motivo? Simples: o terrorista era um muçulmano, como quase todos no mundo atual, e portanto não se encaixa na narrativa predominante que visa a demonizar o homem branco heterossexual do Ocidente. Nesse caso, os sujeitos desaparecem e os objetos inanimados entram em cena como autores do crime:

Agora imaginem por um só segundo como seria a manchete, a repercussão, caso um apoiador de Trump tivesse matado uma mulher negra muçulmana! Essa simples suposição é suficiente para escancarar o viés e o esforço midiático em aparar as arestas quando os fatos não corroboram com sua narrativa ideológica. Bruna Frascolla, colunista da Gazeta, resumiu bem:

O segundo caso foi o pedido de demissão de Glenn Greenwald do The Intercept, que ele ajudou a fundar em 2013 quando saiu do The Guardian. Greenwald denunciou a censura ao seu artigo só porque criticava a operação abafa da mídia sobre o escândalo de Hunter Biden. Seus colegas não queriam dar munição para a campanha de Trump...

Tenho mil diferenças com o Glenn, um esquerdista, mas consigo respeitar quem tem coragem de ser independente em suas convicções. Ele esteve inclusive na FoxNews denunciando essa tentativa de jogar para debaixo do tapete o escândalo da família Biden. Ganhou pontos comigo, mas o mais importante é a espiral de silêncio em torno de sua saída, da forma que foi. Paulo Polzonoff, na Gazeta, comentou o caso:

E tudo porque Greenwald se recusa a abaixar a cabeça para os maquiaveizinhos que veem a imprensa (e as redes sociais) como um instrumento de planificação da informação, com a finalidade de manter no poder os velhos corruptos de sempre.

[...] Duvido que o pedido de demissão de Glenn Greenwald seja visto pelo que ele realmente é: uma confissão de que a imprensa de viés explicitamente esquerdista é moralmente corrupta e busca retratar a realidade de uma forma que se enquadre em sua antevisão niilista de mundo.

Glenn Greenwald descobriu que ajudou a criar um monstro, qua a mídia esquerdista nunca quis a verdade, só militância e lacre, e que a censura é sua marca registrada. Desolado, foi até na FoxNews desabafar com Tucker Carlson. E a patota faz espiral de silêncio sobre o caso. Por que será?

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