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Rodrigo Constantino

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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Quarentenistas: pouca ciência e muita política

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Por João Cesar de Melo, publicado pelo Instituto Liberal

Todos os recordes do cinismo estão sendo batidos. Chegaram ao ponto de dizer que os críticos da quarentena estão negando a ciência. Muito pelo contrário!

Ciência é um conjunto de teorias que são experimentadas e avaliadas, sendo levadas adiante ou arquivadas de acordo com os resultados.

Quando a epidemia começou a ser percebida, havia duas teorias sobre como contê-la: a do isolamento vertical e a do isolamento horizontal. Ambas foram experimentadas. O resultado é muito evidente no gráfico de capa desse texto.

Em números: depois de um mês de quarentena, a Itália, com 60 milhões de habitantes, computa quase 23 mil mortes. Japão, Coreia e Taiwan, com 200 milhões de habitantes ao todo, não somam nem 374 mortes, SEM imposição de quarentena.

O resultado do experimento de duas teorias científicas divergentes está aí para quem quiser ver, mas os quarentenistas não querem. Estão fixados numa crença, tal qual os militantes de esquerda que, mesmo sem nenhum resultado positivo do socialismo, ainda acreditam que ele deve ser tentado e tentado e tentado para, quem sabe um dia, dar certo.

O fato é que TODAS as previsões dos quarentenistas falharam. Não conseguem dizer até quando as pessoas devem ficar em casa, sem trabalhar. Os estudos que foram usados para justificar a quarentena já foram refutados. Todos apresentaram erros grosseiros de metodologia. Como já mencionei noutro artigo, foi detectado até viés tendencioso.

Isso não é ciência. É política!

Os quarentenistas brasileiros agarraram-se a previsões nada científicas para impor o isolamento horizontal. Como não morreu tanta gente quanto queriam, eles vêm revisando as projeções de mortes, mas sempre deixando uma margem bem alta para cima, para sustentar a narrativa de que a quarentena salvou muitas vidas!

Política! Política! Política!

A OMS mostra-se equivalente ao IPCC, o instituto que diz que o homem está provocando mudanças climáticas. Duas agências financiadas e aparelhadas por governos, que selecionam opiniões convenientes para construir narrativas políticas – e os divergentes são tratados como insensíveis, agentes do capitalismo e, claro, ignorantes. Não por coincidência, os párias da humanidade, do ponto de vista dessas duas organizações, são governos de direita. A China é o pais que mais polui no mundo, mas o vilão é os Estados Unidos, por não terem assinado o Acordo de Paris. A ditadura comunista chinesa é responsável pela pandemia que apavora o mundo, mas é Jair Bolsonaro o grande inimigo da saúde pública mundial.

Comunismo! Comunismo! Comunismo!

Se tivessem tido alguma preocupação científica no Brasil sobre a questão do coronavírus em toda sua amplitude, cientistas da economia, da sociologia e da psicologia teriam sido ouvidos.

Se houvesse algum olhar científico ao final de 4 semanas de quarentena no Brasil, imprensa, política e Ministério da saúde considerariam os resultados obtidos por Japão, Coreia e Taiwan. Estariam reconhecendo que estavam certos os cientistas que previram que o vírus não se disseminaria por aqui da mesma forma como ocorreu na Europa, na China e nos Estados Unidos devido às nossas características climáticas, demográficas, de perfil de saúde pulmonar e, segundo recente estudo, talvez por causa do nosso histórico de aplicação em massa da vacina BGC, que indica algum nível de imunização contra o COVID-19.

Se houvesse algum olhar científico ao final de 4 semanas de quarentena no Brasil, divulgariam massivamente para a sociedade que a porcentagem de mortos no Brasil por milhão de habitantes é 7, enquanto na Itália, é mais de 350; portanto, não há motivo para pânico.

Finalmente, governadores e Ministério da Saúde estariam preparando uma forma inteligente de combate à epidemia, consultando os cientistas que foram ignorados um mês atrás, permitindo que a vida econômica e social volte à normalidade, com medidas racionais de prevenção e combate ao vírus.

Em vez disso, vão tentar e tentar e tentar de novo esse modelo burro, arrogante, autoritário e criminoso, pois o que importa são os objetivos políticos.

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