A Anvisa suspendeu temporariamente os testes em humanos da vacina contra a Covid-19 nesta segunda-feira, após 'evento adverso grave'. O diretor do Butantan, que testa o imunizante no país, estranhou a decisão e disse que houve um óbito não relacionado à vacina.
Segundo o jornalista José Roberto Burnier, da GloboNews, a morte do voluntário não foi causada por doença respiratória. Isso precisa, claro, ser esclarecido.
A Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pelo desenvolvimento da CoronaVac, afirmou nesta terça-feira em comunicado que "está confiante na segurança da vacina" contra a Covid-19. Isso, porém, tem valor nulo. Seria como um traficante atestar que confia na qualidade do seu bagulho.
Gardadas as devidas proporções, o ponto é que muitos desconfiam do processo justamente por se tratar de um regime ditatorial sem qualquer transparência. Laboratórios particulares em países capitalistas livres interromperam suas pesquisas quando UM paciente apresentou problemas. Alguém acha que o mesmo cuidado ocorre na China, onde a epidemia em Wuhan virou pandemia justamente pela opacidade e perseguição do regime aos médicos e jornalistas que tentaram apontar para os problemas iniciais?
Integrantes do governo de São Paulo temem, nos bastidores, que a suspensão da vacina produzida pelo Instituto Butantan pela Anvisa possa ser parte da “guerra política” do presidente Jair Bolsonaro contra o governador de São Paulo, João Doria. Em um comentário no Facebook na manhã de hoje, publicado em resposta a um usuário que perguntou se o Brasil poderia comprar e produzir a vacina, Bolsonaro compartilhou a notícia de suspensão pela Anvisa dos testes da CoronaVac e disse que "ganhou" de Doria.
A disputa política existe, e vem dos dois lados. Doria não perde uma oportunidade de alfinetar o presidente, tentando pinta-lo como obscurantista insensível enquanto ele, o governador, seria o homem da ciência e humanista. Mas o lockdown foi científico? Não! Doria apostou pesado numa vacina produzida em parceria com um país sob uma ditadura e onde surgiu a pandemia. É natural desconfiar. E o processo deve ser o mais transparente possível. Falar em obrigatoriedade dessa vacina, então, soa absurdo e extremamente autoritário.
Se o governador de SP realmente respeita a ciência e o indivíduo, então ele deve torcer pelo processo de testagem ser transparente, e deve respeitar aqueles que desconfiam da vacina chinesa. O problema, como cheguei a apontar no passado, é que a Anvisa só tem uma postura "certa", pela ótica do tucano: aprovar a "vachina". Só assim terá "feito ciência" de forma independente. Se reprovar, será uma decisão política. Cara eu ganho, coroa você perde!
Quem, no fundo, está politizando a pandemia desde o começo? E para terminar, deixo uma questão no ar: os tucanos temem, agora, que a Anvisa seja politizada, mas confiam na OMS, que virou um puxadinho da ditadura chinesa?
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