Quem quer uma CPI sobre a suposta "omissão" do governo federal na pandemia, mas não sobre o Covidão dos estados e municípios, que receberam bilhões de reais e já viram até governador caindo ou sendo preso por indícios de corrupção, pode até tentar disfarçar, mas não tem qualquer apreço pelos valores éticos: é pura politicagem contra Bolsonaro para tentar desgasta-lo, nada mais.
Isso é o óbvio ululante, mas em nosso país é sempre necessário repetir o óbvio. Ao depender de parte da mídia, a narrativa será bem diferente. Basta ver a chamada que a Folha de São Paulo deu hoje: "Bolsonaro tenta derrubar CPI da Covid ao cobrar apuração de prefeitos e governadores". Oi? Então o presidente diz que é preciso investigar a todos, para não ter politicalha sacana, e o jornal paulista conclui que ele tem algo a esconder e quer melar as investigações?
O senador Eduardo Girão, do grupo Muda Senado, vem tentando colher as assinaturas necessárias para tornar a CPI mais abrangente, e explica o motivo: "A Verdade precisa ser mostrada, e não apenas uma faceta dela. Faltam agora 6 assinaturas p/ termos o número mínimo necessário para darmos entrada na CPI da Covid. O foco não pode ser apenas na União, enquanto há dezenas de investigações da própria PF nos entes federados!"
Isso é evidente! O que faz, então, com que tantos políticos e jornalistas insistam num foco restrito tendo como alvo somente Bolsonaro? Sabemos a resposta, pois a pergunta foi retórica. A esquerda dorme e acorda pensando em derrubar o presidente, e nada mais parece importar. Basta ver os áudios vazados do governador João Doria, obcecado com a imagem sobre a vacina para efeitos eleitorais, não com as vidas de fato:
Já na conversa vazada pelo próprio senador entre o presidente e Kajuru, o Estadão levantou a suspeita de Bolsonaro saber que estava sendo gravado. Mas o fato é que não há nada demais ali. A esquerda já volta a falar em impeachment, pois tudo é pretexto para impeachment para essa turma. Se Bolsonaro espirrar, Amoedo, Freixo, MBL e PSOL vão falar em impeachment. Não obstante, era a conversa informal de um presidente e um senador, com pressão para que uma CPI não vire instrumento de politicagem apenas, e sim de investigação para valer. Só a esquerda - e a ala esquerdista da imprensa - viu algo nefasto nisso.
A verdade é que a maior ameaça à independência entre os Poderes, à Constituição e à própria democracia vem hoje do STF, mas a esquerda, com seus cúmplices "liberais", passa pano para isso, pois mira em Bolsonaro com obsessão patológica. E a postura dos ministros supremos, diante de tanta impunidade, é o crescente escárnio. É assim que quem julga Sergio Moro suspeito como juiz do caso envolvendo Lula se sente confortável de participar de lives com advogados dos petistas detonando o Presidente Bolsonaro:
Os militantes nem disfarçam mais! É por isso que Percival Puggina aponta para a falta de coragem dos congressistas para impor um limite a tanto abuso e arbítrio, lançando mão do mecanismo de freio e contrapesos existente na própria Constituição: "Parece evidente, ao menos para mim, que está faltando ao Parlamento, doses de reforço daquele hormônio próprio da masculinidade, a testosterona, que responde por algumas características do macho na espécie humana."
Enquanto isso, o STF segue com sua perseguição inconstitucional aos bolsonaristas. Alexandre Garcia, em coluna na Gazeta do Povo, constata que o Supremo está em queda de braço contra a Constituição, da qual deveria ser o guardião, e cita um exemplo: "O ministro Alexandre de Moraes prorrogou por mais 90 dias a entrega do seu relatório do inquérito das fake news. Talvez por que esteja difícil descobrir algum crime... Essa investigação começou em 2019."
Quem vai colocar um limite aos abusos supremos? Quem vai investigar os estados e municípios, onde realmente há suspeitas e indícios de desvios na pandemia? Se depender da esquerda e de nossos "liberais", a reposta é: ninguém! Se não interessa à sua causa única de derrubar Bolsonaro, nada interessa a essa gente. E são os mesmos que falam em ética e democracia, palavras usadas como puro verniz para suas narrativas eleitorais. É o puro escárnio!
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