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O Palácio de Buckingham emitiu um comunicado neste sábado, 18/01, no qual apresenta as decisões tomadas pela família real britânica após o príncipe Harry e Meghan Markle decidirem levar uma vida independente da realeza. Como resultado, o casal deixará de usar o título de "alteza real" e não receberá mais dinheiro público para os deveres reais.
Junto com o comunicado do Palácio, foi emitido outro em nome da rainha Elizabeth, no qual ela afirma estar "satisfeita" por ter encontrado, junto com a família, um "caminho construtivo" para o neto Harry e a família dele.

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"Harry, Meghan e Archie sempre serão membros muito amados da minha família", disse a monarca em uma nota publicado no site da família real britânica. O comunicado também foi compartilhado no perfil oficial de Meghan e Harry no Instagram.

O monarquista Bruno Garschagen celebrou a medida: "A decisão da Rainha explica por que ela conseguiu construir o Reinado mais longo e mais estável do Reino Unido. Talvez uma decisão mais radical, de tirar-lhes os títulos de Duque, proibir a mesada de Charles e o uso comercial da Monarquia poderia criar problemas imprevistos". Para Garschagen, porém, se o casal criar situações embaraçosas para a família real, a rainha poderá tomar medidas mais duras à frente. E sobre aqueles que acham que o assunto não deveria nos interessar, ele rebate: "o fundamental sentido de dever e de responsabilidade que cada um de nós deve ter, sendo ou não membro de uma família Real, de família rica, de família pobre, sem família."

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Alexandre Borges considerou a decisão da rainha um xeque-mate num jogo de xadrez 4D, como dizem nas redes sociais. O jornalista britânico Piers Morgan disse que o casal egoísta queria ter e comer o bolo ao mesmo tempo, mas a rainha pegou o bolo de volta para a cozinha da realeza. Se querem brincar de estrelas de Hollywood, priorizar o hedonismo frente ao dever real, então que assumam completamente a responsabilidade por tal escolha.

Ser da realeza traz muitos bônus, mas também alguns ônus, o fardo das elites. Quem viu a bela série "The Crown" pode compreender melhor isso, a importância do poder moderador exercido pela Coroa. Para jovens hedonistas tudo isso pode parecer ultrapassado, bobo ou mesmo sem sentido. Para quem tem apreço pelas tradições e pelas "coisas permanentes", porém, há não só sentido, como também muita beleza nisso tudo.

Reduzir a monarquia britânica a uma espécie de pão e circo para as massas alienadas é adotar uma visão extremamente míope e equivocada da coisa. As modinhas passam; a família real continua aí, firme e forte.