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Por Paula Magioni, publicado pelo Instituto Liberal
Se já lutávamos por liberdade, menos burocracia e mais incentivo à propriedade privada, mesmo antes dessa crise econômica que se alastra pelo mundo, ainda mais o faremos agora.
Sabemos que, para reagirmos aos malefícios econômicos que estão se estabelecendo, precisaremos ser ainda mais produtivos. A resiliência, a responsabilidade individual, a perseverança, o foco, a criatividade e a inovação serão pilares fundamentais para a retomada econômica.
É importante ressaltar que o papel do governo é primordial desde que seja nas funções de incentivo à geração de riqueza. Se o próprio Estado nada produz, apenas arrecada, é fácil entender que uma de suas principais ações é não intervir, permitindo, assim, as livres negociações, a redução da burocratização e da alta carga tributária. Veja porque esses três itens são cruciais.
Quanto mais burocrático se torna o processo, mais tempo é necessário para solucioná-lo. Em tempos de crise, o de que precisamos é acelerar mudanças, saindo do estado de calamidade, já declarado por tantos estados brasileiros, rumo à ascensão.
Da mesma forma, qualquer entrave que impeça ou dificulte negociações culminará na falência da empresa – afinal, empresas dependem de lucro para sobreviverem e o lucro é decorrente das negociações.
Por fim, reduzir a carga tributária libera orçamento para investir em matéria prima e mão de obra. A compra de matéria-prima requer que o fornecedor responsável por ela também retome sua produção e, por isso, inicie o processo de recontratação. A sociedade sendo recontratada diminui o desemprego, aumenta o poder aquisitivo das pessoas e gira a economia.
O grande gatilho da retomada econômica está em incentivar quem produz riqueza, diminuindo a ação de quem só a arrecada e que, por consequência, torna o capital de giro mais reduzido e limita os recursos. Sem investimento não há produtividade. Sem produtividade não há geração de riqueza. Sem geração de riqueza não há evolução econômica. Sem evolução econômica permaneceremos em crise.
Se ao governo cabe frear “sua mão invisível”, ao empreendedor cabe inovar – afinal, nunca algo mudou sendo feito do mesmo jeito.
*Paula Magioni é associada I do Instituto Líderes do Amanhã.