Novos depoimentos e imagens captadas pelas câmeras contrariam a versão da youtuber Karol Eller de que teria sido vítima de homofobia durante uma briga na manhã de domingo (15), em um quiosque Barra de Tijuca, no Rio de Janeiro.
Após ouvir três funcionários e o proprietário do quiosque Tia Augusta, a titular da 16ª Delegacia de Polícia, Adriana Belém, afirmou, nesta quinta-feira (19), que o acusado, Alexandre dos Silva, de 42 anos, não será mais investigado pelo crime de injúria por preconceito, mas por lesão corporal.
Além disso, Karol também passará a ser investigada na condição de agressora. Alexandre, por sua vez, também será tratado como vítima durante a investigação. “Alexandre será autor e vítima. Karol será vítima e autora”, explica a delegada. Segundo as cenas registradas pelas câmeras e as testemunhas, foi Karol quem deu início à briga.
Reviravolta no caso! Muitos - eu incluído - estavam cobrando uma postura da comunidade LGBT, que normalmente faz silêncio quando a vítima não é de esquerda ou quando o agressor é de esquerda. Feministas, por exemplo, nunca se manifestaram com veemência contra Lula e Freixo após grosserias ou agressões contra mulheres. O mesmo ocorre nos movimentos racial e LGBT: há toda uma narrativa "progressista" a ser atendida, que normalmente vem antes da preocupação com o indivíduo em si.
O que esse caso mostra, uma vez mais, é que jamais podemos abrir mão dos valores ocidentais de "inocente até prova em contrário" e foco nos fatos. Por isso mesmo jamais devemos tomar a palavra de ninguém, da minoria que for, da visão política que tiver, como prova definitiva de algo. É preciso apurar os fatos, sempre. A palavra de uma mulher, um negro ou um gay não vale mais do que a dos demais só porque são "minoria".
Quando o juiz Brett Kavanaugh foi indicado para a Suprema Corte por Trump, surgiu uma denúncia de abuso sexual durante os anos de faculdade, tudo muito vago, sem evidências, sem qualquer prova ou mesmo testemunha. Não obstante, a esquerda e a mídia pularam em cima dele, por implicância ideológica. Kamala Harris, que deveria saber melhor por ter sido promotora, acusou o juiz como se culpado fosse. Um absurdo!
Isso me remete a outro caso famoso, com o ator Jessie Smollett. Ele simulou uma agressão, que teria sofrido de simpatizantes de Trump. Sendo negro e gay, era tudo tentador demais para a imprensa "progressista", que tomou seu relato suspeito e repleto de furos como verdade absoluta. Comentei sobre o caso em texto e fizemos um podcast sobre o assunto também:
Gays mentem e agridem, e nem sempre que apanham ou são assassinados se trata de homofobia. Podem ter várias outras razões, como crime comum, por exemplo. O mesmo para mulheres, para negros, para lésbicas, para todos! Afinal, seres humanos mentem e agridem, independentemente de raça, cor, sexo ou ideologia.
Devemos resistir à tentação de formar uma opinião apressada diante de um caso polêmico desses, exigindo mais informações, mais dados, mais evidências, ou seja, buscando os fatos e a verdade. A tentação de colocar a narrativa ideológica acima da busca pela verdade precisa ser resistida a todo custo. No Ocidente, temos grande apreço pela verdade objetiva. Os pós-modernos, espero, não foram capazes de destruir isso. Ainda.