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Revista Time escolhe Greta Thunberg “pessoa do ano” e encanta “progressistas”: não deveria!
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A revista Time escolheu como "pessoa do ano" Greta Thunberg, a pirralha de apenas 16 anos que quer dar lições ao mundo sobre como salvar o planeta enquanto mata aulas. Os "progressistas" foram ao delírio, especialmente porque a notícia vem um dia após o presidente Bolsonaro chamar a pirralha de... pirralha. Eis algumas reações:

O "pequeno detalhe" que estão ignorando é que a "pessoa do ano" da revista Time não entra necessariamente na questão do mérito, e sim da influência. Ora, é inegável que Greta teve enorme impacto este ano, justamente pela "ajudinha" da mídia mainstream, que resolveu, com seu viés "progressista", alçar a fedelha ao patamar de ícone da causa ambiental, levando a sério cada bobagem dita por ela. Com todos os holofotes da imprensa voltados para a menina branca e rica, era apenas natural que virasse um símbolo.

Aliás, parêntese para desnudar a trama:

Pois bem: será que todos esses que estão festejando a escolha, como se ela fosse algum atestado de qualidade do que vem da pirralha, vão se lembrar de outros nomes que já ocuparam o mesmo espaço? Eis aqui dois exemplos para refrescar a memória da turma:

Isso mesmo: em 1938, ninguém menos do que Adolph Hitler, aquele "simpático" nazista, foi capa da mesma revista como "pessoa do ano". E mais recentemente, Donald Trump, odiado por dez em cada dez jornalistas "progressistas" (quase todos), idem. Nessa hora a escolha da Time não significou muita coisa, não é mesmo?

Um pouco de background: a tradição de escolher um "Homem do ano" (que depois mudou para "pessoa") começou em 1927, com os editores da Time contemplando os que mais mexeram com as notícias no ano. A idéia também foi uma tentativa de remediar o embaraço editorial no início daquele ano por não ter o aviador Charles Lindbergh na capa após seu histórico voo transatlântico. Até o final do ano, foi decidido que uma reportagem de capa com Lindbergh como o "Homem do Ano" serviria a ambos os propósitos.

Os editores da revista alegam que a escolha não é uma honra, mas sim sobre destaque. Em parte a desculpa se deve às escolhas constrangedoras. Além de Hitler em 1938, Joseph Stalin foi a escolha de 1939 e, não satisfeitos, novamente em 1942. O Aiatolá Khomeini também foi "Pessoa do ano" em 1979. Se se trata de uma honraria da revista, é um prêmio que pessoas decentes não poderiam aceitar, convenhamos. Algo análogo ao Prêmio Nobel da Paz, que até o terrorista Yasser Arafat já ganhou!

Antes, portanto, de festejar a escolha de Greta, seria prudente os jornalistas lembrarem de quem já foi sua companhia nessa mesma capa, nesse mesmo "prêmio"...

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