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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Ricky Gervais coloca astros de Hollywood em seu devido lugar

Piadas podem - devem - chocar. Piadas não podem ser algo chapa-branca, pasteurizadas, politicamente corretas. A turma "progressista" entende isso quando o alvo são os religiosos (cristãos, não muçulmanos ou africanos); infelizmente, muda de postura quando atacam a seita politicamente correta secular!

E a capital mundial da esquerda caviar, sem dúvida, é Hollywood. Os astros disputam com vontade para ver quem "lacra" mais, quem endossa com mais paixão as causas "corretas". Atores e atrizes famosos atuam mais quando são militantes engajados do que em seus personagens nos filmes.

As "piadas" contra Trump nesse ambiente podem ser as mais sem graça do planeta, que encontrarão na audiência uma receptividade ímpar. Mas ai de quem ousar fazer piadas com as "vacas sagradas" da religião secular dessa gente! Será recebido com profunda hostilidade.

Ricky Gervais não teme essa reação, porém, e demonstra rara coragem de brincar com a pseudo seriedade desses famosos. Na apresentação do Globo de Ouro deste ano, Garvais não poupou os ícones da esquerda, seus "santos", como a jovem Greta Thunberg.

Tampouco aliviou a barra dos próprios atores e atrizes ali presentes. Falando diretamente a eles, lembrou que não estão em condição de ensinar nada ao mundo, que não conhecem a realidade, o povo lá fora, e que deveriam simplesmente agradecer aos agentes pelos prêmios e se mandar, sem lições de morais. Eis um trecho:

Vale a pena destacar esse trecho traduzido:

Portanto, se você ganhar um prêmio hoje à noite, não o use como plataforma para fazer um discurso político. Você não está em posição de dar lições ao público sobre qualquer coisa. Você não sabe nada sobre o mundo real. A maioria de vocês passou menos tempo na escola do que Greta Thunberg. Então, se você ganhar, suba, aceite seu pequeno prêmio. Agradeça ao seu agente e ao seu deus, e se manda!

Em entrevista recente na The Spectator, o comediante britânico disse que nunca pede desculpas por suas piadas, e que no momento que alguém cede a essa pressão da turba, mata sua liberdade de expressão:

Você não deve [pedir desculpas], porque esse é o fim. O fim da sátira e a erosão da liberdade de expressão com base nos sentimentos das pessoas terão um efeito catastrófico. Não é só que os comediantes ficarão um pouco mal-humorados ou não poderão dizer coisas. Não é o mesmo que não permitir que Bernard Manning diga a palavra N na TV. É algo muito, muito mais sombrio e mais orwelliano. Realmente é.

Ele considera "discurso de ódio" uma invenção daqueles que sentem que não deveriam ouvir algo com o que não concordam e querem reclamar. "Eles podem ligar para a polícia porque alguém está vestindo uma camiseta de que não gostam. Isso está realmente acontecendo", diz.

O mundo politicamente correto é asfixiante, cada vez mais. Por isso gente corajosa como Gervais é tão necessária, como uma espécie de remédio amargo. E o humor é o melhor instrumento para isso, pois o humor pode ir onde nada mais vai, esfregando a hipocrisia na cara dos hipócritas de forma mais sutil, ainda que ácida.

Os críticos "especialistas" não gostaram do discurso de Gervais, claro. Qual a surpresa? Fazem parte da bolha "progressista", sofrem da mesma miopia e da arrogância elitista dos "lacradores". A turma "woke" está precisando de uns esfregões bonitos como esse dado por Gervais.

Eles acham que enganam bem o público, mas não é bem assim. A maioria percebe o truque. Sabe estar diante de um personagem, nada mais. Essa "bondade" toda é afetada demais, mais falsa do que uma nota de três reais. Recebam os prêmios por suas brilhantes atuações na telinha, mas não venham nos dar lições de moral ou política, por favor!

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