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Russell Edward Brand é um comediante, ator e personalidade de internet britânico. Originalmente conhecido por seu estilo extravagante e loquaz, Brand recebeu três British Comedy Awards e uma nomeação ao BAFTA.

Durante essa fase de "extravagância" e promiscuidade, como ele mesmo admite, Brand era celebrado pela mídia mainstream e Hollywood - onde ele trabalhava, inclusive. Seu estilo nunca foi um passivo segundo essa turma. Ao contrário, ele era um ícone da rebeldia e da libertinagem.

Ocorre que Russell Brand mudou, mudou muito, e mudou para melhor. Casou, teve filhos, arrepende-se de seus anos de promiscuidade e tenta ser uma pessoa melhor e mais decente. Justamente agora, nessa fase, ele vira alvo dos ataques da imprensa...

Políticos britânicos instaram a polícia a investigar as acusações de agressão sexual contra Russell Brand. Brand nega as acusações de agressão sexual feitas por quatro mulheres em um documentário de televisão do Channel 4 e nos jornais The Times e Sunday Times.

As acusadoras, que não foram identificadas, incluem uma que disse ter sido abusada sexualmente durante um relacionamento com ele quando tinha 16 anos (a idade de consentimento no Reino Unido). Brand teria ligado para ela no meio da noite e pedido para ela ir vê-lo, o que ela fez. Ela alega ter sido abusada por ele depois.

A maior parte das acusações é de comportamento imoral, mas não ilegal. Apenas uma apresenta alguma "evidência", uma troca de mensagens em que Brand pede desculpas por seu comportamento e diz que ela era uma pessoa boa. O "documentário" usou atrizes para dar um toque emocional às denúncias, que permanecem anônimas e sem formalização criminal.

Tudo isso teria acontecido anos atrás, entre 2006 e 2013. Por que só agora as denúncias vêm à tona? A motivação da mídia em seu ataque coordenado é evidente: Brand virou uma voz importante ao denunciar a corrupção da própria imprensa, deu uma guinada ideológica e não representa mais o típico esquerdista que já foi.

Quando ele era um promíscuo, mas de esquerda, era festejado pela mesma imprensa que tenta destruí-lo agora. Não resta a menor dúvida do que está acontecendo aqui: a velha mídia "progressista" quer punir Brand por "mudar de lado", por passar a criticá-la e expor seu viés, sua corrupção.

Vale lembrar que a simples palavra de uma mulher não substitui prova criminal. Mulher também mente, como vimos em vários casos. Tentaram destruir Brett Kavinaugh, indicado por Trump para a Suprema Corte, com base em alegações frágeis, antigas e sem testemunhas. Neymar já foi alvo de acusações que se mostraram mentirosas, entre tantos outros famosos.

Quem tem filho deveria repudiar ainda mais essa visão feminista tosca de movimentos como o MeToo de que basta uma mulher fazer uma denúncia, anos depois, para ela ser tratada como verdade inconteste. O pilar básico do Ocidente é o devido processo legal, o ônus da prova a quem acusa, a necessidade de evidências, o inocente até prova em contrário.

Mas o YouTube já resolveu suspender a monetização de Russell Brand com base simplesmente nessas alegações tardias. O mundo se torna um lugar cada vez mais perigoso, pois a investigação deu lugar ao linchamento prévio, a análise do contexto e dos motivos das denúncias foi substituída pelo cancelamento antecipado, se você estiver do lado errado da visão política.

Se você for um "deles", então será protegido, terá salvo-conduto para todo tipo de atrocidade. Mas se você ousar virar a chave e passar a criticar os esquerdistas, aí será destruído mesmo sem qualquer necessidade de provas. É assustador!

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