A atriz Juliana Paes causou um rebuliço nas redes sociais ao sair em defesa da Dra. Nise Yamaguchi, vítima de um massacre infame na CPI circense, e depois ao se colocar afastada dos extremos, inclusive à esquerda, o comunismo. “Eu não apoio as ideias arrogantes da extrema direita, eu não apoio delírios comunistas da extrema esquerda”, disparou. O uso do termo comunismo ativou uma reação histérica em cadeia nos... comunistas!
A comunista Manuela D’Ávila escreveu: “O meu delírio comunista é viver num país em que as pessoas saibam o que é comunismo. E o seu?” Bem, o meu também! Adoraria que todos lessem livros como “O livro negro do comunismo”, “A infelicidade do século”, “A tentação totalitária” e tantos outros. Eles saberiam, então, que a ideologia nefasta é responsável direta pela morte de mais de cem milhões de inocentes, que só produziu fome, miséria e escravidão por onde passou.
Sim, os comunistas repetem a ladainha de que o comunismo nunca existiu. A cada nova tentativa socialista, o experimento termina exatamente da mesma forma (vide a Venezuela com o socialismo do século 21), e os comunistas culpam os “desvios” das lideranças corrompidas. Deturparam Marx, pela milésima vez! Essa turma nunca questiona se há algo essencialmente equivocado na ideia em si, nos meios adotados para se atingir o fim utópico. O comunismo não deu errado centenas de vezes; ele é errado!
Mas comunismo tem uma conotação ruim atualmente, assim como socialismo, e é por isso que os comunistas querem ser chamados agora de “progressistas”. Alguns são canalhas o suficiente para tentar usurpar o termo liberal, como se houvesse qualquer compatibilidade entre o liberalismo individualista, que clama por um estado reduzido e limitado constitucionalmente, e a visão coletivista igualitária dessa patota, que mais parece a idealização da inveja.
A tática dos comunistas é debochar de quem fala da ameaça comunista, como se Cuba ainda não tivesse um regime ditatorial comunista, assim como a Coreia do Norte, a Venezuela e também a China, apesar de esta ter promovido alguma abertura controlada da economia. O Partido Comunista Chinês controla com mão de ferro o país há sete décadas, eliminando dissidentes, colocando até mesmo crianças para matarem seus parentes “contrarrevolucionários”, como Mao Tse-Tung fez na Revolução Cultural.
“Quem espera que o diabo ande com chifres pelo mundo será facilmente sua presa”, alertou Shopenhauer. Eis a estratégia da esquerda radical: ridicularizar quem fala em comunismo, como se isso fosse pura fantasia, a Mula Sem Cabeça ou o Bicho Papão. Enquanto isso, o comunismo avança pelas beiradas, com outros nomes. A política identitária, por exemplo, e mesmo o feminismo radical que demanda resultados iguais independentemente do mérito individual.
Artigo originalmente publicado pelo ND+
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