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O governo norte-americano confirmou à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) seu apoio formal ao ingresso do Brasil no grupo, com prioridade sobre outros postulantes. Uma carta já foi enviada à organização, de acordo com informações confirmadas pela Embaixada americana à Globo News.

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A movimentação reafirma acenos feitos em 2019 pelo presidente dos EUA, Donald Trump, mas que não ganharam contornos mais definidos até então (especialmente por causa de sinalizações contrárias, que acabaram negadas por autoridades do país). A entrada do Brasil na OCDE é considerada prioritária pelo governo de Jair Bolsonaro, mas para isso o país precisa desbancar outros países que já estão formalmente na fila para iniciar o processo de adesão, como Argentina, Peru, Romênia, Bulgária e Croácia.

Trata-se de um importante selo de qualidade, ainda que o reconhecimento pela OCDE seja mais uma consequência do que uma causa dos avanços do país. Ou seja, não basta ser membro para melhorar nossa situação; mas ser membro significa que estamos caminhando na direção certa e, se isso for visto assim pelos investidores, poderemos atrair mais capital para o país, e também sinalizar aos congressistas como é importante seguir com a agenda de reformas.

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Os responsáveis pela política externa do governo comemoraram nas redes sociais, com razão. O ministro Ernesto Araújo enfatizou a importância da aproximação com o governo americano:

O assessor para assuntos externos da Presidência, Filipe Martins, aproveitou para alfinetar a mídia:

O presidente Jair Bolsonaro ressaltou que o Brasil está na frente da Argentina e bastante adiantado em relação aos critérios para entrar na OCDE. "São mais de cem requisitos para você ser aceito. Estamos bastante adiantados, inclusive na frente da Argentina. E as vantagens para o Brasil são muitas. Equivale ao país entrar na primeira divisão", afirmou Bolsonaro.

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O fato de um grupo esquerdista radical ter voltado ao poder na Argentina certamente influenciou a postura do governo americano, mostrando que a ideologia importa. Comentei sobre o caso no Jornal da Manhã hoje: