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Uma coisa no caso da menina de 10 anos abusada pelo tio ficou relativamente fora do debate, que foi quase todo concentrado na questão do aborto. Falo da pedofilia. O tio começou a abusar da sobrinha quando ela tinha apenas 6 anos!
Mas isso não chamou tanta atenção dos "progressistas", que preferiram atacar Sara Winter e comemorar a "vitória" do aborto, alguns chamando o médico de "herói" (como fez Guga Noblat). Flávio Gordon, em texto sobre o caso, concluiu:
Se, diante da morte terrível de uma bebê de 23 semanas, uma militante feminista é capaz de gritar “Vitória!”, é porque a nossa sociedade colhe os frutos de uma amarga derrota civilizacional.
Parêntese: condenar o que Sara Winter fez é legítimo; comparar seu ato com o do tio estuprador, alegando existirem "dois criminosos nesse caso", enxergando equivalência moral neles, é algo simplesmente bizarro e nefasto! Fecho o parêntese.
Voltando ao tema da pedofilia em si, dois casos hoje chocam e mostram como a esquerda insana está avançando em sua pauta de sexualização precoce. O primeiro foi relatado por Cristina Graeml, na Gazeta, com base numa boneca que emite sons estranhos de prazer quando tocam em suas partes íntimas. Uma mãe revoltada divulgou o vídeo, que viralizou. Cris comenta:
"Esse assunto é uma boa oportunidade para lembrarmos de dezenas de outras situações em que tentam impor, especialmente às meninas, uma erotização precoce, desde o mercado da moda até o da música."
E o outro caso é prova exatamente disso: trata-se de nova série da Netflix, que escancara a sexualização de meninas com apenas 10-11 anos! Diz a sinopse:
Explorar sua "feminilidade" e desafiar as "tradições familiares": eis o que a série incentiva! A imagem das meninas é chocante para americanos decentes, ainda que mais banalizadas em nosso país:
Não é difícil entender porque Ann Coulter, em Adios, America!, mostrou-se tão revoltada com imigrantes latinos desvirtuando meninas e incentivando uma sexualização cada vez mais precoce. O que querem com isso? Não sabem que a gravidez precoce é um dos grandes males que assolam as meninas?!
Em Esquerda Caviar, eu mostrei que essa tendência ganhava força, e alguns me acusaram de ser paranoico. Mas os anos passaram e fica mais e mais evidente que essa é sim uma agenda "progressista". No livro, eu escrevi:
O jornal britânico de esquerda, The Guardian, publicou um artigo no começo de 2013 chamado Paedophilia: bringing dark desires to light, em que até mesmo a pedofilia é tratada como algo quase normal. O jornal deu espaço para Sarah Goode, da Universidade de Winchester, expor sua opinião de que um em cada cinco adultos são capazes, em certo grau, de ser sexualmente despertados por crianças.
Não satisfeita, Goode pensa que a compreensão é o caminho para lidar com a questão, e que permitir que pedófilos sejam tratados como cidadãos ordinários, com os mesmos padrões morais dos demais, respeitando e valorizando aqueles que conseguem escolher a restrição autoimposta, só traria ganhos à sociedade.
Os resultados dessa propaganda esquerdista começam a aparecer. Um rapaz foi preso no interior de São Paulo no começo de 2013 por abusar de seus próprios sobrinhos. No depoimento, apelou para a vitimização: era “vesgo e feio”, e era muita “tentação” trabalhar com aquelas crianças. No mais, ele mesmo fora abusado na infância, segundo alegava. Logo, queria “tratamento”, em vez de prisão.
Os intelectuais de esquerda infantilizaram tanto a humanidade, com a crença de que ninguém mais é responsável pelos seus atos, que chegaram ao limite de tolerar ou mesmo até respeitar os pedófilos! São infantis “inocentes” defendendo os infantis monstruosos. Será que a revolução cultural marxista não tem mesmo limites? Até onde vai na confusão entre liberdade e libertinagem?
A crescente islamização do mundo ocidental tende a agravar o problema. Afinal, apesar do tabu e de poucos falarem disso, consta que o próprio profeta Maomé gostava de crianças, e inclusive se casou com uma. Alá o teria autorizado a casar com a filha de seis anos de seu amigo Abu Bakr e a consumar o matrimônio quando a menina Aisha tivesse apenas nove anos. A esquerda caviar ocidental pretende tratar isso como algo normal?
Quando me deparo com essa agenda cultural esquerdista, onde "vale tudo", onde o único ser bizarro é o heterossexual fiel e cavalheiro, educado e atencioso, confesso que sinto vontade de ser um carola, moralista, puritano, conservador e reacionário, algo que, definitivamente, não sou. Nelson Rodrigues até aceitava o rótulo de reacionário, pois dizia que, de fato, reagia contra tudo aquilo que não prestasse. Nesse aspecto, sim, sou um “reacionário” também.