Luís Roberto Barroso (em primeiro plano) no Congresso da UNE, em que falou na “luta contra o bolsonarismo”.| Foto: Reprodução UNE
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"O que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons", disse Martin Luther King Jr. "Tudo o que é necessário para o triunfo do mal é que os homens de bem nada façam", alertou na mesma linha Edmund Burke muito antes. São frases conhecidas, praticamente clichês hoje em dia. Mas seguem totalmente válidas e atuais, e extremamente necessárias em nosso país, eu diria.

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Abusos de poder não faltam, mas muita gente ainda se cala, seja por medo e covardia, seja por interesse. Enquanto os alvos forem basicamente de direita, a esquerda tucana fará vista grossa, continuará passando pano para o arbítrio do sistema que persegue conservadores. São pessoas desprovidas de princípios morais, ou totalmente acovardadas e com receio das consequências se ousarem condenar os abusos.

É esse silêncio dos covardes e dos oportunistas míopes que tem permitido o avanço de uma ditadura em nome da democracia.

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O deputado federal do Ceará, André Fernandes, em entrevista para The Epoch Times, explicou em detalhes o abuso do ministro Alexandre de Moraes no caso da prisão ilegal de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. Filipe foi preso por uma suposta viagem que não fez, e só agora o ministro pede as provas de que ele não embarcou para os Estados Unidos. É mais um exemplo de prisão política e ilegal, e poucos levantam a voz, inclusive ou principalmente os jornalistas.

Uma exceção é Paula Schmitt, que tem visão de mundo mais à esquerda, mas também tem honestidade intelectual e coragem. Ela comentou sobre o caso, ao divulgar trecho da entrevista do deputado: "Todo ser humano com apreço às leis e à justiça deveria se envergonhar de morar num país onde isso é possível. Para mim, a coisa mais triste no Brasil hoje não é nem a tirania exercida por uns poucos, mas a aceitação dos covardes – e eles são muitos. Que declínio moral acelerado".

A situação institucional no Brasil está péssima, quase completamente em ruínas. Não obstante, muita gente se cala, passa pano, finge naturalidade.

Apontar abusos do STF é fundamental para tentar conter a onda de arbítrio, e abusos não faltam. O Supremo Tribunal Federal virou uma corte completamente politizada, e os próprios ministros parecem se gabar disso. Estão em guerra contra o "bolsonarismo", na verdade toda a direita do país. Confessam abertamente e sem pudor que derrotaram o bolsonarismo, e não escondem o desejo de prender o ex-presidente. Falta apenas "clima", como disse um velho jornalista que confraterniza com ministros supremos no fim de semana.

Gilmar Mendes chegou a comentar que "saímos de especulações para provas", após indiciamento de Bolsonaro por conta do cartão de vacina da Covid, supostamente falsificado (e não havia qualquer necessidade de uso de tal cartão por parte do ex-presidente). João Luiz Mauad comentou: "Conheçam o juiz da Suprema Corte tupiniquim que, nas horas vagas, virou comentarista dos processos e casos que ele próprio ainda irá julgar, emitindo inclusive juízos de valor sobe eles". Isso só é comum e aceitável em republiquetas das bananas.

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A normalização dessa conduta absurda tem sido o maior problema no país. Dias Toffoli, ex-advogado petista, José Dirceu e empresários se reúnem no lançamento do Anuário da Justiça de São Paulo. A imprensa dá a chamada na maior tranquilidade, como se isso não fosse nada demais. Barbara, do canal TeAtualizei, comentou: "Juiz Toffoli socializa com o réu que ele julgará, José Dirceu. E, aparentemente, todo mundo acha isso ok porque a democracia foi salva".

A situação institucional no Brasil está péssima, quase completamente em ruínas. Não obstante, muita gente se cala, passa pano, finge naturalidade diante de tanto abuso. É esse silêncio dos covardes e dos oportunistas míopes que tem permitido o avanço de uma ditadura em nome da democracia. Se a coisa continuar assim, o Brasil vira uma Venezuela. E quando isso acontecer, a tirania não vai poupar os tucanos covardes nem os jornalistas interesseiros. Mas aí será tarde demais...

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]