Donald Trump, durante comício em Reading, na Pensilvânia, um dos estados decisivos na eleição americana| Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER
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A volta de Donald Trump à Casa Branca já está sendo chamada da maior vitória da história política americana. De fato, o republicano lutou contra tudo e todos, sobreviveu milagrosamente a duas tentativas de assassinato, e enfrentou todo o aparato da mídia e Hollywood, sendo acusado de "nazista" por levianos irresponsáveis. Como Stephen Miller, assessor de Trump, resumiu:

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A vitória eleitoral esmagadora alcançada por Trump não é apenas a maior vitória da história política americana, mas também da história moderna da civilização. Nada mais chega perto. Isso é incomparável. Ele derrotou a dinastia Bush, a dinastia Clinton, a dinastia Cheney, a dinastia Obama, a dinastia Biden e toda a máquina corrupta por trás de Kamala Harris. Ele derrotou todos os sinistros promotores marxistas, todas as fraudes vis, todas as caças às bruxas do DOJ, todas as perseguições comunistas, todos os atos ilegais de censura e vigilância, e o sistema de justiça implacavelmente politizado e instrumentalizado. Ele derrotou a mídia corrupta, a classe política, a classe dos doadores, a classe dos especialistas. Ele derrotou não um, mas DOIS indicados democratas e suas primárias fraudulentas. Ele derrotou o corrupto Congresso Democrata. Ele desafiou a própria morte e sobreviveu a múltiplas tentativas de assassinato. Trump fez o impossível repetidas vezes. A MAIOR VITÓRIA JÁ VISTA. Sem comparação.

Tirando alguns jovens alienados, algumas mulheres perturbadas e uns homens confusos, o grosso da população quer saber mesmo do seu dia a dia e quem tem melhores condições de aprimorar esse cotidiano

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E como a vitória de Trump aconteceu? Observando a divisão de eleitores por gênero, fica claro que o grande trunfo democrata foram as mulheres solteiras. A campanha de Kamala Harris focou muito na questão do aborto. Fora isso, sobraram apenas slogans vazios, frases de efeito, a demonização do próprio Trump. Já o republicano focou em políticas e seus resultados, fez uma campanha mais estratégica e moderada, e isso fez toda a diferença. David Sacks resumiu bem:

Esta eleição é um lembrete de que, depois de todo o drama fabricado e da retórica exagerada, a política ainda envolve questões concretas. Quer você concorde com ele ou não, Trump conduziu uma campanha substantiva baseada em questões como fronteira, inflação, crime e guerra. Harris baseou-se em "vibes", endossos de celebridades, xingamentos (“criminoso condenado”, “fascista”), boatos desmascarados (“gente muito boa”) e banalidades (“democracia”). Ela não defenderia o histórico Biden-Harris nem diria o que faria de diferente. Quando ela falava sobre questões específicas, elas eram frequentemente roubadas de Trump (crédito fiscal para crianças; nenhum imposto sobre gorjetas; financiamento fronteiriço). Na única questão em que os Democratas tinham vantagem, o aborto, Trump habilmente avançou na questão ao rejeitar uma proibição nacional e ao remover a linguagem problemática da plataforma do Partido Republicano. Harris desgastou a questão ao mentir descaradamente sobre a posição de Trump e ao exibir o extremismo do seu próprio partido (ninguém precisava ver um caminhão de aborto no DNC).

A escolha do vice foi outro tiro pela culatra na campanha de Harris. Tim Walz é um sujeito esquisitão, com ideias bizarras. Seria uma escolha bem melhor o governador Josh Shapiro, mas ele tem um "defeito" incurável: é judeu. E Harris não queria desagradar sua base radical pró-palestinos (o pior é que a maioria dos judeus ainda votou nela).

Por outro lado, Trump soube construir uma coalizão mais ampla, atrair RFK Jr. com sua bandeira de fazer a América saudável novamente, sempre focando em propostas propositivas, resgatando o otimismo dos americanos. Kamala preferia demonizar seu oponente, tentar atiçar o medo dos eleitores. Mas o americano é um povo otimista por natureza, e isso pesou. Sacks explica:

Os eleitores querem saber como um candidato lhes proporcionará uma vida melhor e, cada vez mais, aprenderam a ignorar o resto como ruído. Embora a mídia tradicional crie desculpas e impugne os motivos dos eleitores para explicar por que Trump venceu, a razão é simples: Trump é o candidato que falou diretamente às preocupações dos eleitores. São os problemas, estúpido.

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Pode ter Oprah, Byonce, Taylor Swift e Robert De Niro endossando Kamala e fazendo alarmismo com a possibilidade da vitória de Trump: isso não importa tanto assim. Tirando alguns jovens alienados, algumas mulheres perturbadas e uns homens confusos, o grosso da população quer saber mesmo do seu dia a dia e quem tem melhores condições de aprimorar esse cotidiano. Trump fez sua campanha voltada para essa multidão. E venceu. De lavada!

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]