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Rodrigo Constantino

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Brasil

Queimar livros?

Governo só apresentará PEC da segurança após Lula consultar governadores, diz Lewandowski
Ricardo Lewandowski apresentou proposta que pode levar a uma ingerência da União nos estados. (Foto: Andre Borges/EFE. )

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É uma cacetada por dia! O brasileiro decente não tem um minuto de sossego. Ainda nesta quinta eu estava estudando o SUS da Segurança para comentar, extremamente preocupado com a centralização de poder nas mãos do governo federal. É um passo importante no projeto totalitário de poder do PT, buscando diminuir o papel dos estados e concentrar tudo na União.

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Volto ainda ao tema, mas quando estava refletindo sobre essa pauta, vem a nova bomba: Flávio Dino, o "comunista graças a Deus" do STF, resolveu proibir livros! O ministro determinou nesta sexta-feira que sejam retirados de circulação quatro livros jurídicos com "conteúdo degradante" contra pessoas LGBTQIA+ e mulheres.

O partido do mensalão e do petrolão, a quadrilha que volto à cena do crime, como diria Alckmin, quer o comando total no combate ao crime. E tem bobinho que acredita que é para combater o crime mesmo?

Dino avaliou que os trechos violam a dignidade da pessoa humana, e negou que a decisão represente censura. Os livros foram publicados entre 2008 e 2009 pela editora Conceito Editorial. Se não é censura, qual seria o nome? Vale lembrar que sequer se trata de um livro oficial de governo, mas sim um livro qualquer.

O MPF acionou a Justiça depois que alunos da Universidade Estadual de Londrina (PR) identificaram "conteúdo homofóbico" nas obras que estão disponíveis na biblioteca da instituição. Isso assusta ainda mais pois mostra como o espírito censor totalitário já se espalha pela sociedade, com os "fiscais comunistas" prontos para denunciar qualquer "desvio", como fazia a Stasi. O jurista Andre Marsiglia comentou:

Dino determinou que as obras fossem retiradas de circulação e só fossem republicadas sem os trechos que ele, em decisão monocrática, entendeu preconceituosos. Democracia admite visões divergentes, se alguém se ofendeu, que se indenize, proibir ou alterar livros é censura. E não pensem que se tratava de uma obra distribuída por entes públicos, não. Era um livro qualquer. Um estudante achou na biblioteca da universidade, denunciou, e cá estamos. O pedido do MP era para destruir os livros! Ainda sobre a censura de Dino a livros que supostamente ofendem minorias, lembremos que ele próprio havia dito que chamar a alguém de “nazista” e “fascista” faz parte do debate. Ou seja, não se trata do que se diz, mas de a quem se diz. Não se trata de direito, mas de política.

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O Brasil caminha rápido demais para o abismo, e com a cumplicidade de boa parte da imprensa. Voltando ao caso do "SUS da Segurança", está claro que é uma tentativa de criar a Guarda Bolivariana do PT. Os governadores Romeu Zema e Ronaldo Caiado fizeram bem em rechaçar de prontidão da ideia estapafúrdia, e Tarcísio deveria fazer o mesmo. A fala de Lewandowski é assustadora, e podemos apenas imaginar o PT, em ano eleitoral, controlando uma polícia nova dessas.

O PT quer fazer o Brasil à imagem e semelhança da Bahia, estado que controla há décadas. E os resultados são péssimos! Com tudo centralizado não haveria mais autonomia para que São Paulo, Goiás ou Minas mostrassem abordagens bem distintas e resultados muito melhores. O partido do mensalão e do petrolão, a quadrilha que volto à cena do crime, como diria Alckmin, quer o comando total no combate ao crime. E tem bobinho que acredita que é para combater o crime mesmo?

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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