Ouça este conteúdo
Donald Trump não está de brincadeira. Após sua vitória emblemática, que deu aos republicanos o controle das duas casas no Congresso, Trump deseja cumprir suas promessas de campanha, a começar pelo endurecimento na política de imigrantes. A escolha de Tom Homan que foi diretor do Immigration and Customs Enforcement (ICE) para ser seu "czar das fronteiras" mostra que a entrada de imigrantes ilegais está com seus dias contados com a volta de Trump.
Durante o programa 60 Minutes, o então diretor do ICE foi questionado sobre o custo bilionário para a deportação de imigrantes ilegais. Ele devolveu com uma pergunta: qual o preço da segurança nacional? Quando a entrevistadora quis saber se havia uma forma de deportar pessoas sem separar famílias, ele respirou por um segundo e disse: "Claro que há. Basta deportar a família toda".
Clareza moral, coragem, determinação para lutar a boa luta e a premissa correta para uma política externa eficaz: a paz pela força. Somente uma América forte poderá trazer mais paz ao mundo
Quando Homan foi ao Congresso recentemente, Alexandra Ocasio-Cortez decidiu apertá-lo sobre sua política de tolerância zero nas fronteiras. O embate não foi muito bom para a ex-garçonete. AOC insistiu no aspecto da separação de famílias, mas Homan não titubeou e disse: quando um policial em Nova York prende um pai por agressão doméstica, ele também separa uma família. Se alguém vai preso por DUI (dirigir bêbado), uma família é separada. AOC tentou, então, alegar que imigrantes que buscam asilo não cometeram crimes, mas Homan rebateu que sim, que quem burlou o devido processo legal para um asilo e entrou ilegalmente está cometendo um crime federal.
Em suma, Trump não quer ficar apenas na retórica e parece pronto para fechar a fronteira e garantir que somente imigrantes legais possam entrar no país, além de deportar milhões de ilegais. Isso na questão sensível das fronteiras. Na política externa Trump vai na mesma linha. Ao colocar Elise Stefanik como embaixadora na ONU, Trump manda um recado claro ao mundo e aos globalistas. Stefanik teve um desempenho extraordinário na polêmica da judeofobia nas universidades e foi basicamente a responsável pela demissão da reitora de Harvard, ao pressiona-la no Congresso sobre sua política frouxa no combate ao antissemitismo.
VEJA TAMBÉM:
Outro linha dura contra ditaduras e terroristas que deve compor a equipe é o senador Marco Rubio, da Flórida. Rubio é bastante focado no tema das ditaduras comunistas latino-americanas, em especial Cuba, de onde veio sua família, e já afirmou que Alexandre de Moraes fez "manobra para minar liberdades" no Brasil. A congressista da Flórida reeleita, Maria Elvira Salazar, celebrou a provável escolha de Rubio para Secretário de Estado com a seguinte legenda: "É um dia ruim para ser um ditador na América Latina". Salazar foi aquela que puxou uma foto de Moraes e o chamou de "operador totalitário" do direito.
Israel também tem muito a comemorar com as escolhas. A gestão de Trump será certamente a mais alinhada com os interesses da nação judaica democrática. Rubio certa vez disse: "Eu quero destruir cada elemento do Hamas. Essas pessoas são animais ferozes que cometeram crimes terríveis". Quando a repórter falou das vítimas civis palestinas, Rubio não pestanejou: "Eu culpo o Hamas. O Hamas deveria parar de se esconder atrás de civis". A militante insistiu: "Então você não liga para bebês mortos?" Rubio não caiu na armadilha: "Claro que ligo e é uma coisa terrível. E a culpa é 100% do Hamas".
Clareza moral, coragem, determinação para lutar a boa luta e a premissa correta para uma política externa eficaz: a paz pela força. Somente uma América forte poderá trazer mais paz ao mundo. É a dissuasão pela ameaça crível de uso do maior aparato bélico do planeta. Trump compreende isso e está montando sua equipe com base nesse conceito. Acabou a palhaçada. Com Trump, teremos tolerância zero com imigrantes ilegais, marginais, terroristas e comunistas. É o resgate do império das leis.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos