O ministro Alexandre de Moraes.| Foto: Joedson Alves/EFE
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, defendeu nesta quinta-feira (1°) punição às big techs por divulgação de conteúdos supostamente falsos que induzem o voto do eleitor. Ele também se mostrou favorável à regulamentação das redes sociais, serviços de mensagens privadas e inteligência artificial.

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Na abertura dos trabalhos da Justiça Eleitoral em 2024, Moraes afirmou que as empresas de tecnologia, proprietárias das plataformas de redes sociais e de serviços de mensagens privadas, faturam financeiramente com a disseminação de desinformação, notícias fraudulentas e discursos de ódio a determinados grupos de eleitores, e por isso, devem ser responsabilizadas por influenciarem o processo de escolha do eleitor.

Não há mentira maior do que dizer, hoje, que existe normalidade institucional no Brasil. As instituições - assim como nossas liberdades básicas, já foram para cucuia faz tempo!

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“Elas devem ser responsáveis por aquilo que ganham frutos econômicos, por aqueles conteúdos em que seus algoritmos impulsionam, indicam, levam aos eleitores e eleitoras”, disse. Está claro o avanço do sistema de monitoramento e controle por parte do nosso Ministério da Verdade orwelliano. Alexandre vai definir o que é verdade ou mentira!

Não custa lembrar que a Polícia Federal viu abuso de poder econômico e manipulação de dados em campanha de Google e Telegram contra PL das Fake News. Nada sobre o Globo e o Estadão defendendo o PL da Censura. Pelo visto, só há "abuso de poder econômico" quando vai contra projetos comunistas. Daqui a pouco será proibido discutir projetos de lei se os questionamentos forem incômodos ao sistema...

A ditadura avança a cada dia no Brasil. E mesmo os ministros supremos que denunciavam isso antes, agora se calam. Cármen Lúcia, por exemplo, admitiu que durante a campanha eleitoral o TSE assumiu poderes de censura, o que não é permitido por nossa Constituição, mas alegou que era uma censura temporária - que não acabou ainda. Ela também já considerou num passado recente que o monitoramento de redes pelo governo é inconstitucional:

"Para além do desvio de finalidade no procedimento de monitorar redes sociais, atitude sem relação de pertinência com os deveres constitucionais e legais fixados à Secretaria de Comunicação e sem respaldo jurídico, está também caracterizada afronta ao princípio da impessoalidade. Esclarecido está no processo que o acompanhamento de redes sociais está direcionado a pessoas — parlamentares e jornalistas — para apurar a sua condição de apoiar ou opor-se ao governo".

Pelo visto, se for a Secom bolsonarista é ilegal, mas se for a Secom lulista ou o próprio TSE ou STF tudo bem, é para "salvar a democracia". O esgarçamento do tecido institucional em nosso país foi total nos últimos anos. Não há mentira maior do que dizer, hoje, que existe normalidade institucional no Brasil. As instituições - assim como nossas liberdades básicas, já foram para cucuia faz tempo!

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]