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O governador de São Paulo, o tucano João Doria, quer vacina chinesa ("vachina") obrigatória para todos. Deixando de lado a falta de transparência no processo chinês, sob uma ditadura opaca, tal postura parece um tanto autoritária. Talvez o governador esteja sob muita influência da China mesmo.

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A deputada estadual Janaina Paschoal rebateu: "A vacina da gripe tem como público prioritário os idosos. A maioria toma, muitos não tomam! Alguém já imaginou invadir a casa de um idoso que não quer tomar a vacina da gripe e vaciná-lo à força? A vacina deve ser disponibilizada, as informações prestadas, o cidadão decide!"

Perfeito. Querem obrigar pois desconfiam da vacina, acham que quem toma-la não estará de fato imune, é isso? O pior é que supostos liberais saíram em defesa de Doria. Foi o caso de João Amoedo, do Partido Novo, que disse: "A vida em sociedade pressupõe liberdade com responsabilidade. Quem decide não tomar vacinas, que evitam doenças contagiosas, não deveria poder frequentar espaços públicos, ruas, hospitais e escolas. E sim, permanecer isolado até que todos os demais sejam vacinados".

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O fundador do Partido Novo sofreu pesadas críticas nas redes sociais, e Sergio Moro saiu até em sua defesa, pedindo "tolerância" e "respeito" à liberdade de expressão. O ex-ministro confunde as coisas: ninguém está pregando o fim do direito de Amoedo se expressar, mas a crítica deve ser livre. Estranho foi Moro não se pronunciar quando o STF de fato perseguiu a liberdade de expressão de bolsonaristas, até com prisões arbitrárias.

Na mesma linha de Amoedo, e com pouco apreço pela liberdade de escolha, Kim Kataguiri, do MBL, escreveu: "Assim que sair a vacina para o corona, vou para a fila tomar. Tem de ser obrigatório mesmo. Se vc não toma, além de ser burro, coloca a saúde de 3os em risco. Nada liberal é colocar a saúde dos outros em risco só pra alimentar uma paranóia ideológica. Que liberalismo é esse que causa externalidades negativas a terceiros sem a devida punição?"

Amoedo e Kim podem tomar o que bem entenderem como adequado, mas não deveriam defender o uso da coerção para impor a vacina chinesa aos outros, muito menos em nome do liberalismo. Os verdadeiros liberais não merecem isso.

No mais, a esquerda bate num espantalho, como se houvesse uma campanha obscurantista antivacina ou a politização do troço (como eles fizeram com a cloroquina). Nada mais falso! Alan Ghani desenhou:

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Isso é tão óbvio... mas no Brasil precisamos repetir o óbvio pelo menos cinco vezes por dia!