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Deputada Bia Kicis, do PSL, defende contemporização no Congresso e justifica Eduardo Bolsonaro na embaixada pela “guerra cultural”

Entrevista não é levantar bola, mas fazer perguntas incômodas. Foi o que tentei fazer no Morning Show hoje com a deputada Bia Kicis, do PSL. Após um painel em que ela defendeu com muita propriedade o ministro Sergio Moro, quis saber dela a opinião acerca da postura de ala do bolsonarismo sobre o Congresso, investindo numa narrativa antipolítica, e também sobre a nomeação provável de Eduardo Bolsonaro para ser embaixador nos Estados Unidos:

Se na questão sobre a “VazaJato” considerei as respostas bastante satisfatórias, o mesmo não posso dizer sobre a potencial indicação de Eduardo como embaixador. Tudo soa muito absurdo, cheira a nepostismo (o debate técnico ainda vai ocorrer, apesar de a deputada afirmar categoricamente que não se trata disso), favorecimento dinástico, irresponsabilidade.

A reação do presidente Trump diante do filho do presidente Bolsonaro não é argumento suficiente para um cargo dessa envergadura. Falta experiência, sobra ideologia e alinhamento a essa direita nacional-populista encabeçada por Steve Bannon, o guru do deputado.

Entendo a situação delicada de Bia Kicis como governista, e acho até que se saiu bem e com elegância ao frisar que Eduardo seria mais importante como deputado no Brasil. Mas espero que o Senado vete na sabatina essa escolha, se ela for mesmo adiante. Não seria compatível com uma república saudável.

Rodrigo Constantino

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