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Comentário do Jornal da Manhã de segunda edição nesta segunda:

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Claro que a grande prioridade das reformas econômicas é a Previdência, o maior ralo de recursos públicos que existe e numa tendência explosiva. Mas não deixa de ser alvissareiro o foco da equipe de Paulo Guedes na questão tanto das privatizações como do combate à burocracia. Todo brasileiro sabe do câncer que é a nossa “burrocracia“, que cria um labirinto pior do que aquele de Minotauro para se conseguir empreender, criar empregos e riqueza.

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Retirar exigências cartoriais como autenticações de documentos e reconhecimento de firmas, como pretende o novo governo, é algo que qualquer pessoa sensata deve apoiar. A ideia é partir do princípio da boas intenção dos cidadãos para que documentos assinados tenham fé pública. Hoje, eles precisam estar registrados com firmas reconhecidas. Essa mudança cultural e institucional é fundamental para o Brasil. Aqui nos Estados Unidos se vive numa “sociedade de confiança”, onde se presume a boa-fé do outro. Claro que leva tempo até se chegar lá, mas é preciso começar com alguns passos. O governo está certo, portanto, quando quer dar mais liberdade e aplicar punições para quem for pego na mentira ou fraudar documentos. Liberdade com responsabilidade, eis o que funciona.

Parte dessa revisão proposta inclui agilizar prazos para abertura e encerramento de empresas, tudo para aliviar ao máximo a burocracia e os custos de operação para empresas. Outro ponto importante. Abrir e fechar uma empresa não pode ser o martírio que é em nosso país. O que costuma levar mais de cem dias no Brasil é feito em menos de uma semana em países desenvolvidos. Tempo é dinheiro.

Existem outras medidas relevantes em estudo, todas apontando na mesma direção: menos Brasília e mais Brasil. O melhor amigo do trabalhador não é o sindicalista nem o político, mas o empresário num ambiente de livre concorrência. Facilitar a vida dos negócios é melhorar o ambiente para a geração de empregos. Os liberais sempre entenderam isso. Já os marxistas, que dominaram a cena política nas últimas décadas, acham que existe uma dicotomia entre lucro e salário. Balela! Deixem as empresas correrem com mais liberdade atrás do lucro que os salários vão aumentar com o tempo. Não é por acaso que um americano ganha na média cinco vezes o que ganha um brasileiro…

Rodrigo Constantino