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Comentário no Jornal da Manhã de hoje:

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O otimismo do brasileiro com a economia realmente disparou e está em níveis recordes às vésperas da posse de Jair Bolsonaro como novo presidente do país.
Segundo o Datafolha, 65% dos entrevistados acham que a situação econômica do Brasil vai melhorar nos próximos meses, ante apenas 23% que diziam isso no levantamento anterior, de agosto deste ano. É o mais alto índice de uma série histórica que começa em 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Já 67% dizem acreditar que estarão em melhor situação econômica pessoal à frente. Em agosto, eram 38%.

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Acho que há motivos razoáveis para esse otimismo. Afinal, a equipe econômica que foi montada por Paulo Guedes, com aval do futuro presidente, é excelente e a melhor em décadas, com vários liberais formados por Chicago que possuem o mapa de voo correto: reduzir o escopo do estado e dar um choque liberal na economia. Mais Brasil e menos Brasília tem sido o slogan deles, e é esse mesmo o caminho da prosperidade.

Resta, claro, combinar com os russos, ou, no caso, com os grupos de interesse organizados e bem representados em Brasília. Haverá muita barreira para essas mudanças necessárias, muito obstáculo para as reformas liberais. O grande desafio é o Congresso, e não basta “dar uma prensa” pelas redes sociais nos deputados; é preciso fazer política, ter uma boa articulação capaz de focar nas pautas prioritárias e avançar com as reformas.
O problema do alto otimismo é que gera muitas expectativas que, se não se concretizarem, vão produzir uma decepção diretamente proporcional. Dito isso, pela primeira vez em muito tempo o Brasil tem realmente uma equipe econômica com viés liberal, e isso é razão de sobra para o otimismo. Deixem a equipe de Guedes trabalhar que o país vai avançar…
Rodrigo Constantino