Eis o vídeo do guru do presidente que foi transmitido durante a manifestação na Paulista este domingo. Nele, Olavo de Carvalho reforça a visão binária e maniqueísta de que existem comunistas por todo lado contra os anticomunistas, sendo que o mais honesto deles seria Bolsonaro.
Por essa ótica, o grande valor do presidente estaria naquilo que ele condena. É a típica mentalidade de guerra tribal: aniquilar “comunistas” é a grande missão, não construir um projeto de sociedade livre. É como se fora dos comunistas não houvesse gente autoritária.
Além da narrativa simplista, Olavo investe na incitação ao ódio e violência. Enxergando “traidores” por todo lado, gente do próprio governo que seria “comunista infiltrado”, o autointitulado filósofo conclama seus seguidores a rejeitar esses falsos moderados – todo extremista rejeita a moderação – e o simples ato de conversar, dialogar com o “outro” é visto como traição.
A única forma de lidar com essa turma, segundo Olavo, é “quebrar as pernas desses vagabundos traidores”. Seus seguidores vão alegar que se trata de “figura de linguagem”, claro, mas fica cada vez mais evidente o teor fascistoide do olavismo.
Rodrigo Constantino
Eleição sem Lula ou Bolsonaro deve fortalecer partidos do Centrão em 2026
Saiba quais são as cinco crises internacionais que Lula pode causar na presidência do Brics
Elon Musk está criando uma cidade própria para abrigar seus funcionários no Texas
CEO da moda acusado de tráfico sexual expõe a decadência da elite americana
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS