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Eis o vídeo do guru do presidente que foi transmitido durante a manifestação na Paulista este domingo. Nele, Olavo de Carvalho reforça a visão binária e maniqueísta de que existem comunistas por todo lado contra os anticomunistas, sendo que o mais honesto deles seria Bolsonaro.

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Por essa ótica, o grande valor do presidente estaria naquilo que ele condena. É a típica mentalidade de guerra tribal: aniquilar “comunistas” é a grande missão, não construir um projeto de sociedade livre. É como se fora dos comunistas não houvesse gente autoritária.

Além da narrativa simplista, Olavo investe na incitação ao ódio e violência. Enxergando “traidores” por todo lado, gente do próprio governo que seria “comunista infiltrado”, o autointitulado filósofo conclama seus seguidores a rejeitar esses falsos moderados – todo extremista rejeita a moderação – e o simples ato de conversar, dialogar com o “outro” é visto como traição.

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A única forma de lidar com essa turma, segundo Olavo, é “quebrar as pernas desses vagabundos traidores”. Seus seguidores vão alegar que se trata de “figura de linguagem”, claro, mas fica cada vez mais evidente o teor fascistoide do olavismo.

Rodrigo Constantino