Meu comentário no Jornal da Manhã segunda edição da Jovem Pan:
Creio que a questão cultural é tão ou mais importante do que a econômica, e que muito liberal negligencia esse aspecto. Vou dar três exemplos de bizarrices, todas dos últimos dias, que mostram como o mundo está enlouquecendo por conta da revolução cultural em curso, inspirada em “progressistas” que ontem seriam chamados – corretamente – apenas de malucos – e hoje são “mainstream”.
A BBC publicou um texto de Ashitha Nagesh questionando se o Papai Noel deveria ser “gênero neutro”, e que isso não seria nada ruim, pois ainda ganharíamos os presentes. Tem gente incomodada com o “papel masculino” do velhinho barbudo. Segundo um movimento LGBT, mais de 17% das pessoas gostariam de um Papai Noel sem gênero. Sem comentários.
Já a turma do PETA, dos “direitos dos animais”, está lutando para que expressões como “matando cachorro a grito” desapareçam. Segundo eles, é preciso eliminar a linguagem “anti-animal” do cotidiano. Como comentou uma colunista do Washington Post, quem pensou nisso estaria bêbado como um gambá? Ou é apenas uma anta mesmo?
Por fim, há um texto publicado no NYT, de Todd May, perguntando se a extinção da espécie humana seria uma tragédia mesmo. Afinal, somos terríveis com o planeta e com outros animais. Essa misantropia está na moda, e penso que certas vidas humanas deveriam de fato desaparecer.
Com esses três breves exemplos – que se somam a inúmeros outros todos os dias – podemos ilustrar como o mundo anda perdido, lé-lé da cuca, e tudo por conta de agendas culturais promovidas pela esquerda. Ignorar isso é suicídio, não importa o crescimento do PIB. Depois o ovo da tartaruga vale mais do que o feto humano e os liberais não sabem o motivo…
Rodrigo Constantino