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Sextou! Acordei, fiz minhas tarefas matinais, levei o filho para a escola e me sentei à frente do computador para a varredura diária dos jornais e preparar a minha coluna do dia. Que desânimo! Tá osso, como dizem.

Primeiro, vi que entidades de jornalismo partiram para cima do secretário Derrite: "Ataque de Derrite é afronta à liberdade de imprensa, dizem associações". No subtítulo constava: "Secretário da Segurança de SP afirmou em evento que parte da categoria é 'canalha' e 'trabalha a favor do crime'". Ele mente, por acaso?

A velha empresa, em boa parte, não trata sempre marginal como vítima da sociedade e policial como "fascista", seguindo os passos da esquerda? O foco não acaba todo ele na "letalidade policial", em vez de retratar com fidelidade o que um policial enfrenta quando chega numa favela dominada pelo crime organizado? Eu acho que Derrite foi até bonzinho ao falar apenas em "parte" da imprensa: temos raras e honrosas exceções, mas a maioria protege marginal e detona a polícia sim!

Aí vejo que petista demitida da Caixa fala em "misoginia". É sempre a mesma ladainha, mas vamos lá: esse governo do "amor" já demitiu três mulheres para abrigar o centrão. Não é tanto um caso de misoginia, mas sim de "centrão-afetividade". Quando a esquerda prova do próprio veneno, porém, temos o direito de rir, não?

Outro petista comparou o Hamas a Mandela. Ser petista significa defender que terroristas do Hamas, que degolam bebês e estupram meninas, podem ser anistiados pela história como Mandela foi (depois de 27 anos na prisão e a saída como alguém modificado e pacificador), enquanto grita “sem anistia” para os “terroristas” patriotas que simplesmente se manifestavam contra o processo eleitoral…

Por falar nisso, lembramos dele, o ministro Alexandre. "Investigação da agressão a Moraes provoca embate interno na PF", diz a chamada da Veja. "Polícia Federal abre processo administrativo contra perito que apontou desrespeito aos protocolos na apuração do caso", continua. Na reportagem, fica claro que há ingerência no trabalho da perícia. Eis a conclusão:

Na terça-feira 24, o inquérito ganhou uma novidade que está provocando outra polêmica. O ministro do STF Dias Toffoli, relator do caso, autorizou que o próprio Alexandre de Moraes atue como assistente de acusação. O magistrado deve designar um representante de sua confiança que poderá inquirir testemunhas e propor novas diligências. O Ministério Público se manifestou contra a medida, argumentando que não há previsão legal para a existência de assistente de acusação nessa fase do processo. O que era para ser simples está ficando cada vez mais complicado.

Pois é. Era mais simples, aliás, liberar as imagens, algo que Toffoli se nega a fazer. Ele ignora o Ministério Público para ajudar seu colega Alexandre. Tudo nesse caso anda nebuloso, e não custa lembrar que essa narrativa de agressão, com direito a desenho em quadrinho de jornal importante para dar crédito à versão do ministro, veio à tona um dia depois de Barroso confessar para os radicais comunistas da UNE: "Nós derrotamos Bolsonaro".

O Brasil tem dono. E por falar nisso... Luciano Bivar, ex-aliado de Bolsonaro, vai premiar Moraes por "defesa da democracia". E pensar que um sujeito desses já foi esperança para alguns da direita. O Brasil cansa, e muito. O Brasil não é para amadores.

Aí, quando já quase estraguei minha sexta e não deu nem 9 horas da matina, vem a bomba: "Carro diplomático do Brasil é detido na Turquia com mais de 50kg de cocaína, segundo imprensa local". Para tudo tem um limite. O meu chegou. Não quero mais comentar notícia alguma do meu país na véspera do fim de semana que vou acampar com meu moleque. Estou ficando azedo, desesperançoso, quase cínico para não explodir de indignação e revolta. Decidi, então, pular a coluna de hoje. Até segunda, turma!

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