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Quando Zelensky ficou sem aplaudir a fala de Lula na ONU, esse foi um momento importante de protesto silencioso, já que o presidente brasileiro tem apoiado a Rússia de Putin na guerra contra a Ucrânia. Mas Zelensky também protagonizou um momento bem estranho e constrangedor.

Foi quando ele fez um discurso sobre "mudanças climáticas". Ora, seu país foi invadido pela tropa de Putin, centenas de milhares já morreram, bombas são lançadas perto de Kiev: alguém acha mesmo que o povo ucraniano dá a mínima para a histeria do "aquecimento global"?

Claro que não. Mas então por que Zelensky fez esse discurso enlatado? Ora, a resposta é óbvia: ele quer mais verbas ocidentais, quer que Biden libere mais grana, então precisa pagar o pedágio, comprar o ingresso para o clero globalista.

Na religião secular "progressista" que tomou conta do establishment ocidental, algumas expressões são mágicas e abrem as portas para os eventos das elites e para os cofres dos governos. Biden deu o tom: destacou as "mudanças climáticas" e a causa LGBT+ como prioridades. Quem quer cair nas graças do presidente americano precisa acender vela para esses deuses da modernidade.

A Ucrânia retratada pela mídia ocidental como um país "progressista" chega a ser uma piada de muito mau gosto. O país é conservador do ponto de vista social, sequer permite casamento para gente do mesmo sexo, mas eis que, pela partidarização da guerra, virou sinalização de virtude defender a Ucrânia e, para tanto, foi preciso fingir que o país é moderninho.

Qualquer um minimamente atento já se deu conta de que existe um salvo-conduto para quem presta continência para as vacas sagradas do "progressismo". Defendeu vacina de Covid compulsória, elogiou a causa trans e aderiu ao alarmismo climático? Então pronto: pode fazer o que quiser que será protegido pela casta que controla a mídia, o estado e a academia. Criticou esses deuses? Então será alvo de perseguição.

Basta comparar o tratamento dispensado a Elon Musk antes e depois da compra do Twitter. Dono da Tesla, maior fabricante de carros elétricos, Musk era o queridinho da patota vermelha. Bastou começar a defender a liberdade de expressão para ser massacrado e ter suas empresas investigadas. Coincidência?

O mesmo aconteceu com Russell Brand, humorista britânico. Quando ele levava uma vida promíscua, mas era de esquerda, não só era poupado como tinha emprego na mídia mainstream. Bastou casar, ter filhos e criticar o viés da imprensa para ser alvo de investigações e denúncias com base em seu comportamento de anos atrás, quando ainda era... esquerdista e funcionário da mídia que o ataca agora!

Já Howard Stern, que sempre foi uma figura um tanto vil na imprensa, desrespeitando mulheres que entrevistava com seu sexismo machista, acaba sempre blindado do cancelamento, pois reza a cartilha "certa", pregando vacina obrigatória e se dizendo um defensor da agenda woke. A senha para o "sucesso" é evidente e quem não se importa de vender a alma ao Diabo consegue se safar de tudo.

Volto ao começo para fechar: o quão bizarro é o presidente de um país sob intenso ataque militar dedicar alguns minutos para falar de "mudanças climáticas" no meio da guerra? Qualquer pessoa sensata percebe a insensatez dessa fala. Mas compreende também que é o preço a ser pago por quem quer ter acesso às benesses que os globalistas controlam, como dinheiro e poder.

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