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Guilherme Boulos chama extrema direita de erva daninha em evento para militância
Guilherme Boulos chama extrema direita de erva daninha em evento para militância| Foto: Isaac Fontana/EFE

O candidato derrotado no segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), fez seu primeiro discurso para a militância na noite desta quinta-feira (7). Em suas falas, Boulos comparou a "extrema direita" a “erva daninha” que “cresce rápido”. “Quando se planta ódio, medo, como a extrema direita faz, nesse país e no mundo, floresce mais rápido”, disse.

No evento, Boulos também se referiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem mencionar seu nome, ao comentar que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos "animou uma turma do lado de lá a dizer que o inelegível tem que se tornar elegível". "Eles vão ter que passar por cima da gente, porque não vai ser", completou. 

O evento contou com a presença de lideranças de partidos de esquerda como o PT, o Psol e o PCdoB, como os deputados Rui Falcão (PT-SP), Erika Hilton (Psol-SP) e Orlando Silva (PCdoB-SP). Intitulado “O futuro é nosso”, a intenção foi debater os desafios e os caminhos após a eleição municipal. Ao tentar minimizar a derrota, Boulos se referiu a ela como uma plantação. “A militância de esquerda, a gente sabe, planta. Planta esperança, planta sonhos. Uma eleição, um mandato, um governo passam. O que a gente planta, fica”, disse Boulos. 

Em seu discurso, Boulos também disse que o momento era de “entender o que aconteceu” e projetar os caminhos para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. “O momento agora é da gente entender o que aconteceu, fazer uma leitura sincera, franca, humilde. Mas ao mesmo tempo juntar nossas forças, reorganizar o campo da esquerda pra travar as batalhas que a gente precisa para reverter esse cenário e para reeleger o presidente Lula em 2026, derrotando a extrema direita de novo. Esse é o desafio que a gente tem pela frente”, disse Boulos. 

Ao falar sobre 2026, Boulos ainda provocou o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) dizendo que ele pode botar a “viola no saco porque não será presidente da República desse país em 2026”. 

Aliados de Boulos falam sobre união e retomada da esquerda

Seguindo a linha de Boulos, seus aliados discursaram pregando a união da esquerda e a retomada do "encantamento das pessoas".

A colega de partido, deputada Erika Hilton classificou a campanha como violenta, cruel e injusta. Ao falar sobre a retomada do "encantamento das pessoas" pela esquerda, especialmente da classe trabalhadora, Hilton pontuou que o povo "não tem conseguido enxergar quem são os verdadeiros vilões".

O deputado Rui Falcão também enfatizou a união da esquerda. "Isso [a união] é o que vai nos permitir, no próximo período, mudar a sociedade. Não em um mês, não em dois meses, mas na eleição. Eu tenho confiança que muitos de nós, talvez eu não veja isso, mas muitos de nós vão ver uma nova sociedade aqui no Brasil", ponderou Falcão. Segundo ele, é preciso se reconectar com a classe trabalhadora e "quebrar o egoísmo social e o individualismo".

O petista ainda mencionou a eleição de Trump. "O sistema que temos que combater é o sistema capitalista, que devasta a natureza e produz concentração de renda brutal, que ajuda a explicar porque Trump ganha eleição mesmo condenado", disse Falcão durante o evento com Boulos.

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