A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, o projeto de lei (PL) 163/2024, que autoriza o município a aderir à privatização da Companhia de Saneamento Básico do estado (Sabesp). Após a aprovação, com 37 votos a favor e 17 contrários na sessão desta quinta-feira (2), o texto foi aprovado pelo prefeito Ricardo Nunes por volta das 21h.
A sessão foi marcada por discussões entre críticos e apoiadores do projeto. Algumas pessoas chegaram a ser retiradas do plenário da casa. Antes da votação, durante a manhã, foi realizada a última das audiências públicas previstas. Durante mais de três horas foram registrados embates entre manifestantes e vereadores de oposição de um lado, e a base de Nunes de outro.
Durante as discussões, parlamentares contrários à votação pediram a suspensão da sessão. A vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) foi uma das que levantaram a voz contra o projeto de lei. Segundo ela, as audiências públicas prévias à votação não levaram em conta as mudanças no texto apresentados durante a tarde.
“Esta votação não deveria estar acontecendo agora porque as audiências públicas não apreciaram o substitutivo que está sendo apreciado agora. É isso que deveria acontecer, a suspensão imediata dos trabalhos. Essa votação é ilegal, e se vocês quiserem manter essa votação, nós vamos à Justiça”, disparou.
Em resposta, Rubinho Nunes (União Brasil), confirmou que o substitutivo questionado pela vereadora havia sido publicado ainda na semana passada. A alteração no texto, segundo ele, passou por discussão eu uma das audiências públicas anteriores à votação.
A legislação vigente na capital paulista estabelece que, caso a Sabesp seja transferida para a iniciativa privada, o teor da norma é automaticamente anulado. Assim, para que o serviço de saneamento básico em São Paulo continue sendo prestado pela nova administração que assumirá a Sabesp após a privatização é necessária uma nova lei.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião