O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou neste mês a criação de um colégio voltado para filhos de policiais militares. A instituição de ensino ficará dentro da Academia de Polícia Militar Barro Branco. Oficialmente, ainda não foram divulgados detalhes sobre a proposta, mas a reportagem da Gazeta do Povo apurou como deve ser o modelo.
O colégio da Polícia Militar de São Paulo atenderá alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, com o lançamento de uma turma por vez, a partir do próximo ano. O projeto deve ser desenhado em conjunto pelas secretarias da Segurança Pública e da Educação.
O espaço onde a escola deve ficar localizada dentro da Academia de Polícia Militar Barro Branco está separado, mas será preciso uma obra antes de começar a receber os alunos. Os alunos terão uniforme militar e corte de cabelo militar.
As aulas serão ministradas, na sua maioria, por professores militares e algumas matérias por professores civis. Os estudantes terão de cantar os hinos nacional e da bandeira, além de terem aula sobre conceitos cívicos, ética e algumas matérias que não constam na grade regular das outras escolas da rede estadual.
Haverá uma espécie de “vestibulinho” entre os filhos de militares para ingressar na escola. Também terá uma cota, para a qual ainda será definido um percentual, destinada ao ingresso de alunos que não são filhos de militares.
Em São Paulo existem algumas escolas da Polícia Militar e da Cruz Azul, mas pertencentes à iniciativa privada e que, na maioria, apenas utilizam o nome da corporação. Esse novo modelo anunciado pelo governador paulista não é o mesmo das escolas cívico-militares, prometidas para 2025 no estado. No dia 7 de março, ao anunciar o projeto das escolas cívico-militares, o governador fez uma menção ao colégio voltado a filhos de integrantes da Polícia Militar. “A gente não quer ficar só na escola cívico-militar, também temos o projeto de criar em São Paulo o Colégio da Polícia Militar”, afirmou Tarcísio.
Relator das escolas cívico-militares defende colégio da Polícia Militar em São Paulo
O deputado estadual tenente Coimbra (PL), que será o relator do Projeto de Lei Completar 9/2024 das escolas cívico-militares na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aposta na disputa pelas vagas do colégio militar na Academia do Barro Branco. “É um modelo mais restritivo voltado para a família militar, mas cabe a possibilidade de mais de um de acordo com os estudos da própria polícia e a quantidade de policiais”.
Coimbra pontua que a disciplina de unidades escolares com estrutura militar produz resultados. “A disciplina que vai ter dentro da escola vai favorecer os professores que lá estão a darem aula em sua plenitude. O aluno absorve melhor a aula. Os próprios colégios militares com essa formatação dão excelência em vestibulares, concursos internacionais e olimpíadas acadêmicas”, defende.
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