A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo recebeu o vídeo que mostra as agressões de policiais militares contra uma mulher de 63 anos dentro da garagem da residência da família, na noite desta quarta-feira (4), em Barueri, na região metropolitana da capital. As imagens que circulam nas redes sociais também mostram um policial aplicando um golpe “mata-leão” no filho da idosa.
O caso veio à tona após a repercussão da abordagem policial na zona sul de São Paulo, na qual um policial militar atirou um homem de uma ponte após perseguição do entregador, que estava em uma motocicleta. A ação também foi flagrada na última segunda-feira (2) por um vídeo amador, e levou ao afastamento de 13 policiais e à prisão preventiva do policial militar suspeito na manhã desta quinta-feira (5).
O mandado de prisão foi determinado pela Justiça e atende ao pedido da Corregedoria da PM. Em nota à Gazeta do Povo, a Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo afirmou que novo caso também será investigado com a participação da Polícia Civil.
“A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e assegura que qualquer ocorrência envolvendo excessos será investigada e os agentes devidamente punidos. A Polícia Civil analisa as imagens da ocorrência e investiga todas as circunstâncias dos fatos. O caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar para apuração e as devidas medidas cabíveis”, declarou a pasta.
Conforme o relato dos policiais no boletim de ocorrência, houve resistência durante a abordagem para verificação dos documentos de uma moto e o filho da idosa teria se abrigado na garagem da residência. Na sequência, os policiais alegam que foram xingados e que o jovem teria cometido o crime de desacato. Ele foi imobilizado, levado para atendimento hospitalar antes de ser encaminhado à delegacia. A idosa também foi socorrida no pronto-socorro de Barueri por causa de ferimentos no rosto.
Lewandowski defende “uso progressivo da força” após agressões de policiais em São Paulo
Durante a reunião do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, em Brasília, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a pasta avalia um ato normativo para evitar a escalada de agressões policiais com uso progressivo da força, que exigiria medidas iniciais não violentas, como o diálogo, durante as abordagens.
"A polícia que quer garantir a segurança do cidadão não pode praticar a violência. Vamos estudar esse documento, dialogando, para que seja um produto em comum. Antes do uso letal da força, que nós tenhamos um uso progressivo, começando por ter o diálogo, quando possível, começando por prisões, se for necessário, mas dentro de todas as normas constitucionais", declarou o ministro.
Lewandowski considerou os casos em São Paulo como “isolados”, e reafirmou que o governo não compactua com as ações dos policiais nas abordagens filmadas no estado paulista.
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