A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu 14 policiais militares em uma operação que investiga o homicídio do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, apontado como delator de atividades ilícitas relacionadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Entre os presos na ação deflagrada na manhã desta quinta-feira (16) está um cabo suspeito de ser autor dos disparos de fuzil que atingiram Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro do ano passado.
Gritzbach foi morto com 29 disparos, tendo sido atingido por tiros de fuzil e pistola. Ele sofreu quatro ferimentos no braço direito, dois no rosto, um nas costas, um na perna esquerda, um no tórax e um na costela direita. O empresário morreu no local.
As investigações identificaram dois atiradores. Segundo apuração da Gazeta do Povo, um deles é cabo da PM, responsável por efetuar os disparos de fuzil. O outro, que também seria integrante do quadro da Polícia Militar, não teve a identidade revelada pela força-tarefa que apura o caso.
A operação, batizada de Prodotes (do latim “traidores”), prendeu nove PMs que trabalhavam na escolta de Gritzbach. As detenções ocorreram na zona leste de São Paulo, área onde o empresário atuava na comercialização de imóveis para a organização criminosa. Além dos 14 policiais presos, um segue foragido, com mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça.
O nome do cabo suspeito de atirar em Gritzbach não foi divulgado. Segundo a Corregedoria, os policiais que prestavam serviços de escolta ao empresário também faziam parte do crime organizado. “Os militares que prestavam serviço ao suspeito sabiam sobre os crimes e também integravam a quadrilha”, afirmou o órgão.
O secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, comentou o caso nas redes sociais. “Nada vai ficar sem a devida resposta. A operação de hoje mostra que a Polícia Militar não admite desvios de conduta. Estamos atacando o crime organizado em diferentes frentes”, declarou.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também reafirmou que desvio de conduta na corporação será punido. "Começamos o dia com passo importante para solucionar de vez a execução de Vinícius Gritzbach. Operação Prodotes, deflagrada pela corregedoria da PM, com 15 mandados de prisão preventiva já prendeu 14 criminosos. Entre eles, um dos atiradores deste crime, que é também policial militar. As polícias de São Paulo têm compromisso inegociável com a ética e legalidade. Desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei".
Delator do PCC era suspeito de lavagem de dinheiro e duplo homicídio
Gritzbach foi investigado por um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC antes de firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), fornecendo informações sobre as atividades da facção criminosa.
O empresário era apontado como mandante do assassinato de dois membros do PCC por causa de uma dívida de R$ 100 milhões com a organização. Após colaborar com o MP, Gritzbach passou a receber ameaças, mas recusou integrar o Programa de Proteção a Testemunhas, alegando que o serviço não condizia com seu padrão de vida. Após sua morte, a defesa confirmou que ele havia dispensado a proteção do estado.
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