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Delegado da PF é baleado na cabeça durante Operação Escudo no Guarujá
Armas, dinheiro e drogas apreendidos pela Polícia Federal em operação no Guarujá, litoral sul de São Paulo.| Foto: Divulgação/Polícia Federal

O delegado da Polícia Federal Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, foi baleado na cabeça nesta terça-feira (15), durante cumprimento de mandado de busca e apreensão no Guarujá, litoral Sul de São Paulo.

Ele foi encaminhado para o Hospital de Santo Amaro, no Guarujá. De acordo com informações preliminares apuradas pela Gazeta do Povo, o tiro foi de raspão. O delegado está passando por exames laboratoriais.

O confronto ocorreu na comunidade da Vila Zilda, mesmo local onde foi morto o soldado Patrick Reis, integrante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), no último dia 27. Dois suspeitos fugiram pela Avenida Tancredo Neves, no bairro Cachoeira. Eles foram em direção a uma casa e atiraram contra os policiais federais.

Um dos disparos atingiu de raspão a cabeça do delegado Selling. Um dos suspeitos também foi atingido na perna. Os dois foram socorridos e encaminhados para atendimento hospitalar.

Em nota, a Polícia Federal disse que dois suspeitos foram presos com uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas. Eles serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Santos, onde serão autuados por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Delegado da PF Thiago Selling Cunha foi baleado na cabeça durante cumprimento de mandado em Santos (SP)
Delegado da PF Thiago Selling Cunha foi baleado na cabeça durante cumprimento de mandado em Santos (SP)| Divulgação/Rede Social Thiago Selling Cunha

Associação dos Delegados cobra recursos e estrutura para o combate ao crime

A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil se manifestou sobre o caso. “A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil manifesta seu mais veemente repúdio ao ataque sofrido pelo Delegado da Polícia Federal, Doutor Thiago Selling Cunha, na terça-feira (15). Expressamos nossa solidariedade ao delegado e à sua família neste momento. Estamos em orações pela sua pronta recuperação e pela superação dos desafios que enfrentará após esse ato de violência covarde. Que haja uma pronta resposta por parte do Estado para reprimir e punir de forma exemplar esse hediondo crime”, diz a manifestação oficial do órgão.

A Adepol do Brasil foi enfática ao mencionar que essa nova ação criminosa evidencia a gravidade da situação enfrentada pelas forças de segurança no país.

"A guerra entre milícias e facções do crime organizado coloca em risco constante a segurança pública, o que requer uma resposta vigorosa e eficiente por parte do Estado. A ADEPOL DO BRASIL reitera a importância de que sejam fornecidos recursos, uma estrutura adequada e garantia de direitos às forças de segurança para o combate ao crime e para a proteção dos policiais que arriscam suas vidas diariamente em prol da segurança da população. Nesse sentido, é fundamental que as instituições policiais recebam o apoio necessário para que possam desenvolver suas atividades com eficácia, garantindo a tranquilidade e a paz social", enfatiza a associação representativa de classe.

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