Deputados federais eleitos por São Paulo se manifestaram sobre a cassação do mandato de deputado federal do ex-chefe da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol (Podemos-PR). A decisão foi tomada nesta terça-feira (16) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acatou recurso apresentado pela Federação Brasil da Esperança.
"A cassação do mandato do parlamentar Deltan Dallagnol é uma perda muito grande para a política brasileira e para as mais de 344 mil pessoas que concederam seu voto ao deputado federal. O número considerável de sua votação só prova sua grande aprovação pela população, além da validação de sua ação no combate à corrupção e defesa da sociedade brasileira", disse em nota o deputado federal Rodrigo Gambale (Podemos-SP), presidente estadual do Podemos em São Paulo.
Já o deputado federal delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) afirmou em nota que "a cassação do Deputado Federal Deltan não se baseia na lei", uma vez que "a lei diz que o procurador que responde PAD [processo administrativo disciplinar] é inelegível". Bilynskyj reiterou que Deltan "não respondia PAD, ou seja, a cassação se baseia em quatro suposições: 1 Que alguma sindicância poderia gerar PAD; 2 Que algum PAD poderia gerar condenação; 3 Que alguma condenação fosse por demissão; 4 Que por medo de uma possível condenação ele pediu exoneração". Sendo assim, Bilynskyj considera a decisão "injusta e ilegal".
O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), por sua vez, fez uma postagem no Twitter na qual considera que "a cassação do deputado Deltan Dallagnol é um absurdo! Não tem outro nome: é perseguição política! Retrato de um país que pune quem combate a corrupção e tem como presidente um sujeito que liderou o governo mais corrupto da história do país. É o poste mijando no cachorro!", disse em referência ao presidente Lula (PT).
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) postou em suas redes sociais que "no país da 'democracia' deputados são cassados por fatos que a lei jamais prescreveu como crime - e se cometer crime contra a honra pode ir preso".
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF