Concentração de participantes durante a parada LGBT em São Paulo, no domingo (11).| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, o vereador de São Paulo Fernando Holiday (Republicanos) revelou detalhes do projeto de lei que quer proibir a presença de crianças e adolescentes na parada gay. Segundo o vereador, a motivação se deu logo após assistir imagens de homens nus e seminus desfilando e interagindo com crianças de cinco anos na Avenida Paulista, no último fim de semana.

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Pela proposição de Holiday, em caso de descumprimento da legislação, os pais e os organizadores responsáveis pelo evento seriam multados no valor de R$ 10 mil para cada criança presente no local. Ele também sugere que as próximas edições ocorram no Sambódromo do Anhembi para ter maior fiscalização. Embora reconheça que essas medidas sejam prerrogativas do Poder Executivo.

No domingo (11), durante a Parada Gay em São Paulo, muitos vídeos circularam nas redes sociais em que mostravam homens nus e outros até encenando performances sexuais. Além disso, um bloco dentro do evento denominado como “crianças trans importam” com vários menores de idade à frente do bloco causaram muita revolta nas redes.

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Entre os patrocinadores oficiais do evento em São Paulo estão o governo estadual e o Banco do Brasil. Holiday também critica esses patrocínios, afirmando que os órgãos públicos têm outras prioridades de investimento.

“O evento que antes era em prol de uma luta social importante em respeito à população LGBT acabou se tornando uma festa sexual. Isso reforça os preconceitos".

Vereador de São Paulo Fernando Holiday (Republicanos)

O vereador aproveitou para criticar o patrocínio dado à parada LGBT. "Eu sou bissexual. O ideal é que não houvesse patrocínio nesses eventos, não só à Parada Gay, mas também outros como a Marcha para Jesus. Precisamos de investimentos em áreas como: saúde e educação”, criticou.

Outro vereador que mostrou indignação com a presença de crianças no evento foi o parlamentar Rubinho Nunes (União Brasil). “Levar seu filho à igreja é imoral. Ensinar valores tradicionais é machismo. Onde está o Conselho Tutelar nessas horas?”, questionou.

O projeto de lei de Holiday ainda não tem número: precisa ser publicado no Diário Oficial do município, o que deve ocorrer ainda esta semana, de acordo com o vereador.

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