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Enel: após apagão que atingiu cerca de 700 mil pessoas na Grande São Paulo, moradores perderam eletrodomésticos após a concessionária religar a energia com a voltagem errada.
Voltagem incompatível pode ter provocado o problema na retomada do serviço de energia| Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O temporal que atingiu a Grande São Paulo, na última sexta-feira (20), deixou mais de 665 mil clientes da Enel sem energia elétrica, segundo a concessionária, em novo apagão na região após fortes chuvas. Com a retomada do serviço, os moradores de um prédio na zona oeste de São Paulo alegam um novo problema provocado pela voltagem incorreta no fornecimento de energia, o que pode ter causado a queima de eletrodomésticos.

Os danos ocorreram em um edifício no bairro da Pompeia e o número exato de eletrodomésticos afetados ainda não foi contabilizado. O prejuízo pode ser maior, pois muitos moradores do condomínio estão em viagem para as festas de fim de ano.

Sobre o ressarcimento, a Enel informou que segue um procedimento padrão nesses casos. “A distribuidora esclarece que segue a regulamentação do setor para análise das solicitações, restituindo os clientes que tiverem danos em aparelhos eletrônicos decorrentes de ocorrências comprovadas na rede elétrica”. No caso específico dos moradores do prédio na Pompeia, a Enel afirmou que entrará em contato diretamente com os condôminos.

A forte chuva que atingiu a capital foi acompanhada de ventos de cerca de 80 km/h, que derrubaram ao menos 80 árvores na Grande São Paulo, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

No sábado, cerca de 130 mil clientes da Enel ainda estavam sem energia após o apagão. Já no domingo, a Enel informou à imprensa que 97% dos clientes tiveram o fornecimento restabelecido.

Desde novembro do ano passado, a prefeitura de São Paulo e o governo estadual buscam medidas judiciais contra a Enel por causa dos apagões registrados na capital. Apesar da concessão para o serviço de energia ser responsabilidade da União, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) defende o rompimento do contrato da concessão com o grupo italiano.

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