Após ser rebaixado de posto pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), coronel da PM passa para a reserva.| Foto: Francisco Cepeda/Governo de São Paulo
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O ex-subcomandante da Polícia Militar (PM) de São Paulo, coronel Alexander Freixo - que foi rebaixado de posto pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em fevereiro - passou para a reserva na terça-feira (18). Freixo era defensor do programa de câmeras corporais na PM e crítico das operações repressivas desenvolvidas no litoral sul do estado.

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As mudanças promovidas pelo governador paulista e pelo secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afetaram os altos postos da corporação, incluindo o subcomando, o Centro de Inteligência e o Comando de Policiamento de Choque. Ao todo, 34 dos 63 coronéis foram movimentados, uma medida considerada inédita na corporação. A transferência dos coronéis da PM tem o objetivo de alinhar o alto comando da Polícia Militar com as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).

A principal mudança promovida pela gestão estadual foi a substituição de Freixo como subcomandante da PM. Essa troca é considerada incomum, via de regra ocorrendo por força da lei devido ao tempo de serviço no posto de coronel. Porém, em fevereiro, a gestão estadual justificou que se tratava apenas de movimentações de rotina já programadas.

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Segundo apuração da Gazeta do Povo, Freixo fazia parte de um “núcleo de resistência” que se formou após as movimentações na PM. Os coronéis que foram movimentados chegaram a discutir um pedido de aposentadoria em massa, possibilidade que logo depois foi descartada. No entanto, até dezembro parte dos 34 coronéis movimentados devem pedir passagem para a reserva, permitindo a promoção de tenentes-coronéis alinhados com Derrite.

Como subcomandante, Freixo venceu a batalha que travava com o secretário sobre o uso das câmeras corporais, conseguindo um aumento de 20% na quantidade do equipamento. Porém, o subcomandante não teve sucesso em reduzir as operações policiais na Baixada Santista.

Um dos coronéis ouvidos pela reportagem da Gazeta do Povo afirmou, nos bastidores, que Freixo “saiu de cabeça erguida por combater o bom combate”, mas que o ex-subcomandante discorda do futuro que está sendo traçado para a corporação.