O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes convocou uma audiência pública para discutir o programa das escolas cívico-militares, dentro do âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7662, movida pelo Psol. A audiência está agendada para o dia 22 de outubro e os interessados em participar podem se inscrever até o próximo dia 4.
Na ação, o Psol pede a suspensão e, depois, a invalidação da Lei Complementar estadual 1.398/2024, conhecida como lei das escolas cívico-militares. O partido questiona a constitucionalidade da legislação aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no último dia 21 de maio.
Foram convidados o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal, o procurador-geral da República, o advogado-geral da União, o ministro da Educação, o presidente do Conselho Nacional de Educação, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, o presidente do Tribunal de Contas da União, e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
Na peça de convocação da audiência pública, o relator Gilmar Mendes afirma que a "coleta de dados e argumentos tecnicamente qualificados e especializados permitirá que esta Corte se debruce com maior segurança sobre os fatos que conformam a aplicação da norma que cria o programa de escola cívico-militar, à luz dos princípios da liberdade de aprendizagem, ensino e pesquisa, do pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, da gestão democrática do ensino."
O ministro estabelece, ainda, "as seguintes questões a serem enfrentadas e esclarecidas na audiência pública:
- (i) escolas militares e cívico-militares no Brasil: sua evolução;
- (ii) distinção prática entre escolas militares e escolas cívico-militares;
- (iii) impactos financeiros e orçamentários na implementação de escolas cívico-militares;
- (iv) dinâmica pedagógica: escolas convencionais, escolas militares e escolas cívico-militares;
- (v) repercussões das escolas cívico-militares na segurança pública.
A legislação questionada pelo Psol estabelece que escolas públicas podem aderir ao modelo cívico-militar, que combina atividades próprias com a gestão pedagógica e administrativa tradicional. Uma das bandeiras de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o modelo é a aposta do governador de São Paulo para melhorar os índices de educação, principalmente em regiões com alta criminalidade.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF