O governo de São Paulo teve liminar concedida pela justiça do estado em ação civil pública movida contra a Enel Distribuição São Paulo, que deverá prestar esclarecimentos sobre falhas no fornecimento de energia elétrica e na disponibilização de dados aos órgãos de fiscalização. De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça, a concessionária tem 15 dias para apresentar informações e documentos sobre seu centro de controle operacional.
Há ainda a exigência de que a Enel apresente um relatório com a quantidade e a localização de árvores que possam ameaçar o fornecimento de energia elétrica. No documento deve constar um cronograma de ações concretas para mitigação de riscos envolvendo as árvores, além de um plano de manejo da vegetação.
Nos últimos dois anos, a concessionária responsável pelo fornecimento de energia para a população paulista apresentou duas falhas consideradas graves. Na primeira ocasião, 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica, que só foi totalmente restabelecida seis dias depois. Já neste ano, a interrupção fez com que 3,1 milhões de pessoas ficassem no escuro, com prejuízos estimados em R$ 2 bilhões para o varejo e o comércio, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).
Tarcísio e Nunes solicitaram fim do contrato após segunda falha
No dia 13 de outubro, dois dias após o início das chuvas que atingiram o estado de São Paulo, quase 11% da base de clientes da distribuidora ainda seguiam sem energia. Diante da recorrência da falta de luz, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), solicitaram o fim do contrato com a empresa distribuidora de energia.
Na ocasião, o presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, não deu um prazo para a retomada completa do fornecimento de energia tanto na capital paulista quanto na região metropolitana, como informado pela Gazeta do Povo à época: "Não quero passar uma previsão para vocês sobre a qual não tenho evidência real de que vamos conseguir atender", disse o presidente da concessionária
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