Defensor de políticas voltadas à desestatização, o governo paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou neste sábado (23) em sua página oficial um material para esclarecer o processo. No texto, a administração estadual afirma que, após privatizações e concessões, cuidará da fiscalização dos serviços desestatizados.
Entre os itens que estão na lista de desestatizações do governo constam a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a obra do Concessão Patrocinada para prestação dos serviços do Trem Intercidades (TIC Eixo Norte) que está na agenda dos leilões da Bolsa de Valores (B3).
Apesar de o governo ter confirmado neste mês que a estrutura bilionária, orçada em quase R$ 12 bilhões, terá seu leilão transferido para o ano de 2024, ela segue na agenda oficial da B3 datada para o dia 28 de novembro.
No Paraná, leilões na B3 também marcam processos bilionários de desestatização de serviços. Um exemplo foi a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) em agosto, que gerou receitas da ordem de R$ 5,2 bilhões.
O estado também figura na bolsa de valores com o maior projeto de concessão de rodovias do país. Dois dos seis leitos que cobrem todo o estado foram pautados para pregão em 2023, um já foi realizado em 25 de agosto passado e o está outro previsto para esta semana, no dia 29 de setembro. Ainda em 2023 o Paraná volta à B3, em 5 de outubro, para um arrendamento portuário do Porto de Paranaguá.
Sabesp terá oferta pública de ações
A oferta pública de ações da Sabesp, em São Paulo, foi anunciada no fim do mês de julho pelo governo do estado e, com o objetivo de esclarecer a qual processo a companhia vai passar, o governo destacou que a “desestatização é o ato de inclusão da iniciativa privada na administração de um bem ou serviço público, parcial ou total” em processos de concessão pública e parcerias público-privadas, as chamadas PPPs.
“O governo pode desestatizar desde um órgão como a Sabesp, até uma locação pública, como pontos de vendas em linhas de metrô. A ideia é que o governo economize com a manutenção do serviço, lucre com a venda e melhore os serviços prestados, modernizados graças a atração de investimento que o processo causa”, afirma o governo paulista.
O estado alertou que, mesmo passando por estes processos, o poder público continua como parte integrante no processo, atuando em fiscalizações, por exemplo. “Os modelos de desestatização variam em tempo de concessão, com a possibilidade de ser indeterminado, e na parcela comprada pela empresa, mas por se tratar de um órgão ou bem originalmente público, o estado mantém a fiscalização sobre a propriedade, em acordo com os interesses da população”, completou.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF