O governo do estado de São Paulo lançou nesta quarta-feira (26) o programa "Jovem Aprendiz Paulista", considerado a "menina dos olhos" do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Trata-se de uma capacitação que será dada para 60 mil alunos de 14 a 18 anos devidamente matriculados na rede pública de ensino para inserção no mercado de trabalho, em micro e pequenas empresas localizadas no entorno da escola.
A um valor de R$ 145,5 milhões, o estado contratou o CIEE para 60 mil vagas em cursos de aprendizagem durante 24 meses. Em média, o investimento é de R$ 2,4 mil por aluno. A previsão é inserir os jovens aprendizes no mercado de trabalho com salário de até R$ 917,59, em jornadas de quatro a seis horas em quatro dias de trabalho, além de um voltado à capacitação online que incluirá aulas como postura e comportamento no ambiente de trabalho.
"O Jovem Aprendiz Paulista é o projeto que tenho mais carinho e o mais importante. Vamos mudar a trajetória de muita gente que tem talento e precisa de oportunidades", disse Tarcísio. No evento de lançamento, o governador mencionou seus pais e o fato de terem trabalhado como empregada doméstica e empregado de comércio. "Começar a trabalhar com 14 anos é bom, não é ruim. Isso não diminui ninguém, engrandece. Isso traz responsabilidade, traz esperança", disse. De acordo com a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), 45% dos jovens entre 14 e 17 anos não têm uma ocupação.
Para as empresas, a vantagem de contratar os jovens aprendizes pelo programa é não ter de pagar uma taxa pela qualificação e pelo serviço de intermediação de contratação. O fato de estarem localizadas próximas às escolas e à residência dos estudantes diminui os custos com transporte. O investimento de R$ 145,5 milhões será feito pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Projetos Estratégicos do estado, que têm à frente respectivamente Jorge Lima e Guilherme Afif Domingos, ex-ministro-chefe da Secretaria de Micro e Pequena Empresa durante o governo Dilma Rousseff (PT). Afif também presidiu o Sebrae Nacional e foi assessor especial de Paulo Guedes durante o governo Bolsonaro. "A lei obriga a média e a grande empresa a terem aprendizes, mas não falava nada da micro e pequena empresa. E nós sabemos que as médias e grandes empresas representam não mais do que 10% do universo geral, 90% é micro e pequena. Elas são uma macro família, um ambiente ideal para o desenvolvimento", avalia ele.
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