O secretário paulista da Segurança Pública, Guilherme Derrite, diz que, apesar de ser favorável ao porte de arma para o cidadão, a questão não deve ser tratada como política de segurança pública.
“Eu sou 100% favorável ao porte da arma de fogo, mas isso não é uma política de segurança pública. Isso é garantir ao cidadão o direito da autodefesa”, afirmou Derrite, em entrevista à Gazeta do Povo.
Na análise dele, o governo federal anterior, de Jair Bolsonaro (PL), conseguiu desconstruir a narrativa de que mais armas nas ruas poderiam aumentar o número de homicídios. Segundo ele, o que aconteceu foi o contrário.
“Flexibilizar o porte de arma para o cidadão idôneo não significa que vai refletir nos indicadores criminais ou aumentar o número de crimes. Inclusive foi o contrário que vimos no governo Bolsonaro: tivemos uma flexibilização das armas e queda no número de homicídios. Isso serve para quebrar a narrativa de partidos de esquerda de que as armas aumentam os homicídios”, completa Derrite.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo também falou sobre a gestão de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Para Derrite, o ministro não contribui em nada no tema da segurança. Ele também discordou da política desarmamentista adotada pelo governo Lula (PT).
Em entrevista para a Gazeta do Povo, Derrite defendeu que, para ocupar o cargo no Ministério, é preciso ter experiência na segurança pública. “O Flavio Dino não tem conhecimento do tema de segurança pública, quem conhece o assunto são os profissionais de segurança. O Dino nunca exerceu a função, foi juiz federal, que é completamente diferente. Ele não fez nada de significativo”, criticou.
O secretário também discorda da maneira como o governo Lula vem tratando o assunto da segurança no Brasil. “O governo federal deveria criar medidas para encarecer o custo do crime. O que vemos é o contrário, não vi nada concreto, apenas discurso e narrativa. O Dino é um ministro da Justiça, e não da Segurança Pública”.
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