Três suspeitos foram mortos durante um confronto com o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar na comunidade Santa Cruz dos Navegantes, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (16). Entre eles, está Rodrigo Pires dos Santos, conhecido como Danone, considerado um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, Danone era considerado “torre” do PCC no Guarujá, no cargo de gerente regional da facção. Dentro da hierarquia do crime organizado, ele prestava contas apenas ao “sintonia final do PCC”, que é o chefe do bando na região da Baixada Santista. Danone era o responsável por comandar assaltos, tráfico de armas e drogas no litoral sul paulista, de acordo com a polícia de São Paulo.
O suspeito havia sido preso duas vezes. Em 2015, após um roubo cometido dentro de um shopping no Guarujá, ele e outros membros fugiram de barco e foram detidos na sequência. Na segunda ocasião, Danone foi preso por tráfico de drogas e roubo.
As identidades dos outros dois mortos não foram divulgadas pelas autoridades. Eles foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região e não resistiram aos ferimentos. A ocorrência foi registrada na Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos.
O secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, informou sobre a morte dos suspeitos na rede social X (antigo Twitter) e divulgou um vídeo em que aparece Danone em uma festa no Guarujá portando um fuzil.
“O combate ao crime na Baixada Santista enfrenta desafios porque cenas como essa ocorriam na região sem que houvesse o devido trabalho de inteligência para enfrentá-las. O homem do vídeo, ostentando arma, era conhecido como Danone e morreu hoje em um confronto com o Comando de Operações Especiais”, afirmou Derrite.
Na mesma publicação, o secretário disse que Santos é suspeito pela morte de policiais na região. “Integrante de organização criminosa, ele atuava no tráfico internacional de drogas e é suspeito por envolvimento em atentado contra a vida de agentes públicos”, disse.
Com o confronto desta sexta-feira (16), o número de mortos na denominada “Operação verão 3” sobe para 25 em São Paulo. A operação está em curso desde 27 de janeiro, após assassinatos de policiais militares no litoral sul de São Paulo.
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