O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira (23) que a eleição para a prefeitura de São Paulo em outubro será "uma confrontação direta" entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"É uma confrontação direta entre o ex-presidente e o atual presidente. É entre eu e a figura. E a gente vai disputar", afirmou Lula à Rádio Metrópole, da Bahia.
O presidente da República seguiu com a comparação: "A disputa é entre um governo que coloca o povo em primeiro lugar para tentar resolver os problemas dele e o governo da fake news, do desastre, que não acredita nas coisas normais que a humanidade tem que acreditar. Então vai ser essa disputa que vai se dar, e eu terei imenso prazer de fazer essa disputa", afirmou Lula.
Na entrevista, Lula citou Bolsonaro, mas ignorou os pré-candidatos que vão disputar a cadeira de prefeito para a capital paulista: Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição, e Guilherme Boulos (Psol), que vem liderando as pesquisas de intenção de voto.
Lula citou apenas que “estava muito feliz" por ter conseguido o apoio de Marta Suplicy. "É a prefeita que tem a melhor memória com o povo de São Paulo", afirmou o petista, que foi o responsável pelo convite para a ex-secretária de Relações Internacionais de Nunes para compor a chapa de Boulos, representando o PT na disputa.
Tarcísio diz que Bolsonaro "sempre teve apreço por Ricardo Nunes”
Durante uma entrega de moradia popular, nesta segunda-feira (22), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) reforçou o apoio ao atual prefeito paulistano - que estava presente no evento - e disse que Bolsonaro “sempre teve apreço por Nunes”.
Tarcísio afirmou que Bolsonaro "estará junto" e vai se somar ao apoio para a reeleição de Nunes. "É um apoio importante que traz parcela da direita para a candidatura”, afirmou o governador paulista para a imprensa nesta segunda (22).
Pela primeira vez, o governador disse publicamente que está formando uma “frente ampla” com Nunes em São Paulo. "Para nós, é a melhor opção para a cidade de São Paulo. Se não tiver um alinhamento muito grande, as coisas não dão certo", apontou Tarcísio.
“Acho que o ex-presidente entendeu que tem uma questão de viabilidade eleitoral que está na mesa. Isso com certeza vai ser decisivo também para os eleitores do ex-presidente embarcarem nessa frente ampla”, complementou.
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