MDB vai à justiça para denunciar suposta campanha antecipada para Guilherme Boulos

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O MDB de São Paulo denunciou à justiça um suposto ato de campanha eleitoral antecipada após a identificação da distribuição de leques e brindes em alguns pontos da cidade pelos quais houve a passagem de blocos de Carnaval.

Entre os itens identificados estavam leques com os dizeres “Fica vai ter (seguida por uma imagem de bolo)”. Outro dizia “São Paulo + (mais) gostoso com (e uma imagem de bolo)”.

Para o MDB, o ato pode caracterizar campanha antecipada em favor do deputado federal Guilherme Boulos (Psol), pré-candidato à prefeitura de São Paulo.

Nos dias de apresentação dos blocos, alguns inclusive com a passagem do pré-candidato, adversários políticos tinham advertido sobre possível ato de propaganda eleitoral antecipada, uma vez que os brindes fariam uma alusão ao podcast “Café com Boulos”, comandado pelo deputado federal.

“A ação constituiu na farta distribuição de brindes ao público, como leques com slogans promocionais da pessoa do pré-candidato Guilherme Boulos, bem como na distribuição de materiais de propaganda a seu favor, associando–o à festa pública de rua e aos ‘blocos’ de carnaval que lhe serviram de palanque”, afirma em ação o diretório municipal do MDB.

Para o MDB, sigla do atual prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes, é preciso instaurar investigação para identificar responsáveis pela distribuição e apurar se havia o conhecimento de Boulos sobre o material, além da identificação das gráficas que fizeram a impressão, o custo e a identificação do responsável pelo pagamento.

A campanha de Boulos voltou a afirmar que não foi responsável pela confecção nem pela distribuição do material, indicando se tratar de uma iniciativa popular voluntária.

Em um dos bloquinhos onde Boulos passou durante o Carnaval, o pré-candidato aproveitou para, ao encontrar um folião fantasiado de gênio da lâmpada mágica, fazer três pedidos: o primeiro para que ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja preso, o segundo que Lula (PT) seja reeleito em 2026 e o terceiro que a prefeitura de São Paulo "vá para as mãos do povo".