Mello Araújo diz que escolheu ser vice de Nunes e não quer secretaria em São Paulo

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A prefeitura de São Paulo classificou como “equivocada” a intepretação de que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) teria desistido de dar a Secretaria de Assuntos Estratégicos ao seu vice, Ricardo Mello Araújo (PL), apadrinhado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nota divulgada pela assessoria de imprensa na sexta-feira (3), a prefeitura justificou que “foi decisão do próprio Araújo, em comum acordo com o prefeito, que ele, no cargo, será responsável por acompanhar, cobrar e delegar ações específicas em diferentes secretarias”.

De acordo com a prefeitura, a pasta, que cuida de assuntos transversais na cidade e havia sido prometida a Mello Araújo em novembro do ano passado, está subordinada ao vice, ainda que não seja comandada de forma direta por ele. “Mello Araújo já está à frente, por exemplo, do Plano Preventivo de Chuvas de Verão, o qual conta com políticas públicas de todas as pastas relacionadas ao assunto”, acrescentou a nota.

Em entrevista à Gazeta do Povo, nesta sexta-feira, Ricardo Mello Araújo confirmou que a mudança foi uma escolha sua. "Sou vice-prefeito, vou cuidar de todas as secretarias, vou ajudar o Ricardo [Nunes] a governar. Não quero ser secretário. O Ricardo no começo falou para escolher, e falei quero ser vice de verdade, igual empresa privada, ajudar onde puder. É isso", declarou.

Na quinta-feira (2), Nunes anunciou o atual secretário Edsom Ortega permanecendo à frente da pasta, que trata, por exemplo, de ações envolvendo a Cracolândia, e agora passa a ser chamada de Secretaria Executiva de Planejamento Estratégico.

Na ocasião, o prefeito já havia minimizado a ausência do vice no secretariado. “Ele ter uma nomeação na secretaria ou não, isso não interfere no trabalho que ele vai desenvolver. Ele segue responsável pelas ações estratégicas da prefeitura de São Paulo”, resumiu.